Karsten Nohl, especialista em segurança alemão descobriu um sério problema na criptografia presente nos chips de celulares que permite fazer copia de dados presentes nestes mesmos, realizar chamadas e o envio de SMS, ou até mesmo fazer o redirecionamento dos dados do SIM.
A tecnologia empregada nos chips mais antigos é de 1970, uma tecnologia muito frágil que permite fácil a quebra de sigilo, onde uma mensagem de um hacker pode ter o mesmo poder de um SMS especial enviado pelas operadoras para a realização de atualizações nos cartões SIM.
Nohl ainda acredita que de cada oito chips, um seja vulnerável, o que pode totalizar em todo o mundo cerca de 750 milhões de SIM vulneráveis a ataques cibernéticos. Mas para conseguir chegar a esses números, Nohl testou cerca de mil SIM e cerca de 25% destes chips testados, utilizavam a tecnologia vulnerável DES, ou seja, Padrão de Criptografia de Dados.
Mas de que forma um hacker pode invadir os dados do SIM? Fácil, basta o mesmo enviar um SMS especial para o celular que queira invadir, o aparelho então responderá com um código que poderá ou não ser quebrado; se for possível quebrá-lo outro SMS será capaz de reprogramar e fazer a clonagem do chip.
Mas não é só esse problema que Karsten Nohl descobriu nos chips; de acordo com o alemão, um segundo problema possibilita a quebra do isolamento que protege dados sigilosos de aplicativos de pagamento armazenado no chip, sendo que um aplicativo seria capaz de ler todas as informações, essas mesmas que deveriam ser seguras.
Responsável pela padronização desta tecnologia móvel, a GSMA, confirmou a Forbes toda a pesquisa realizada pelo alemão, mas declarou ainda que não existam evidências de que a falha exista nos cartões mais novos.
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