Enquanto consoles como o Amiga CD32, o 3DO Interactive e o Jaguar eram lançados ao mercado, a Sega e Nintendo, que eram os principais nomes na indústria de games naquele momento, estavam trabalhando em seus próprios consoles para que ambos fossem lançados com o melhor hardware possível, no entanto, eles não contavam com a entrada de um novo concorrente, um concorrente que, em pouco tempo, tiraria o seu posto de maior número de vendas com facilidade.
Opa, antes de continuar, temos que perguntar: Você já leu a Parte 1, a Parte 2, a Parte 3 e a Parte 4? Caso não tenha lido, leia, assim você não se perde em nossa linha do tempo!
Sega Saturn e a queda de popularidade da Sega
Lançado em 1994, o Sega Saturn era mais uma aposta da Sega no mercado de consoles que, depois do Mega Drive, prometia cada vez mais à empresa, que finalmente estava sendo reconhecida pela qualidade de seus produtos.
Desenvolver um console que conseguisse agradar o maior número de entusiastas do mundo dos games era algo difícil, afinal, ainda não existia um modelo que pudesse ser seguido como exemplo de design, praticidade e desempenho na nova geração e a Sega estava apostando todas as suas fixas que esse título seria concedido a ela.
De fato o Saturn foi um excelente console, teve jogos incríveis como Night into Dreams, Panzer Dragon, Rally Championship e Virtua Fighter, no entanto, empresas que terceirizavam seus jogos, como a Activision, acabaram não dando muito suporte à Sega, que ficou com uma biblioteca de jogos um tanto quanto pequena, problema esse que pode decretar a sentença de fracasso de um console.
No fim das contas, o Saturn acabou vendendo apenas 9,5 milhões de aparelhos, a esmagadora maioria no Japão, sendo que, em 1998 havia vendido apenas 2,7 milhões, fechando o ano fiscal da Sega com um prejuízo de 269 milhões de dólares e, no mesmo ano, a Sega anunciou que deixaria de produzir o seu console para trabalhar em um novo projeto, o qual acabaria sendo o seu último console.
A chegada da Sony e o começo de uma nova era
Em 1993 uma empresa multinacional de eletrônicos, a Sony, criava uma subsidiaria que seria totalmente voltada ao entretenimento, a Sony Computer Entertainment, um projeto que a empresa já vinha avaliando antes mesmo de ver o sucesso do SNES, console da Nintendo que ajudaram a projetar. Um dos primeiros trabalhos da subsidiaria seria criar um console que fosse bom o suficiente para concorrer com os de sua geração.
Um ano depois a Sony já havia desenvolvido o seu produto, testes foram feitos e ele poderia ser lançado. Assim, em dezembro de 1994 chegava ao mercado de games japonês o Playstation, conhecido também como PSX e PS1.
Mal sabiam os desenvolvedores que um projeto tão ambicioso acabaria se tornando um modelo padrão para a indústria mundial, afinal, foi o PS1 quem implantou o novo modelo de controles que eram muito mais ergonômicos e confortáveis, sem contar os direcionais analógicos, que tornavam a jogabilidade dos games em 3D infinitamente melhor.
Com jogos desenvolvidos pela própria Sony e desenvolvedoras que viram o número de vendas do console só aumentar, o PS1 contou com títulos históricos como Gran Turismo, que vendeu 10,85 milhões de cópias, Final Fantasy VII, que vendeu 9,72 milhões de jogos, Resident Evil, com 9 milhões de vendas e outros como Tekken, Tomb Raider, Crash Bandicoot e Rayman. Esses games incríveis em uma plataforma tão bem projetada rendeu ao Playstation o título de 4º console mais vendido da história e primeiro console a passar da centena de milhões de vendas, chegando à marca de 102,49 milhões de aparelhos.
Nintendo 64, a verdadeira força dos processadores de 64 bits
Depois de ver o fracasso do Jaguar como um console de 64 bits, a Nintendo acreditou que poderia fazer melhor, ela seria capaz de criar um aparelho que oferecesse a força real dos processadores de 64 bits. Assim, em 1996, o Nintendo 64 chegava às lojas de videogames.
Como já era previsto, a Nintendo voltou a investir em jogos que já faziam sucesso, afinal, eles tinham personagens amados criados pelo mestre Miyamoto, a única coisa que precisavam fazer era inovar. No entanto, muitas pessoas acabaram preferindo novidades, já estavam fartas de ver jogos parecidíssimos que contavam quase a mesma história (mesmo que ela fosse incrível).
Uma decisão que talvez tenha sido um erro, foi ter feito um console que não aceitava CD ROM’s e, contrariando o padrão, utilizaram os bons e velhos cartuchos, que tinham um custo de produção muito maior que os CD’s, um problema tanto para a Nintendo quanto para as empresas que desenvolviam jogos para os seus consoles, causando uma escassez de games para o 64. Um bom exemplo de game que acabou não chegando para o console, mas apenas para sua concorrência, foi o excelentíssimo Megaman X4.
Assim como já era de se esperar, os jogos mais vendidos do 64 foram Super Mario 64, Mario Kart 64, The Legendo of Zelda: Ocarina of Time, Super Smash Bros, Pokémon Stadium e Donkey Kong 64. Ao todo, 387 jogos foram lançados para o 64, um número muito baixo se comparado ao Playstation, que teve cerca de 1100 títulos lançados.
Virtual Boy, o maior fracasso da Nintendo
Como falamos em nossa matéria sobre o futuro dos games, a realidade virtual não é uma completa novidade ou uma inovação revolucionária, ela já existiu a muito tempo atrás no mundo dos games, sendo proposta pela primeira vez em 1993, como um headset de realidade virtual vendido separadamente para o Sega Saturn, o Sega VR.
Embora a Sega tenha apresentado o seu protótipo em vários eventos, o Sega VR nunca chegou ao mercado, isso devido ao fato de alguns pesquisadores declararem que o produto poderia oferecer riscos à saúde de quem o utilizasse por um longo período de tempo, o que acabou com as esperanças da empresa.
Mais tarde, em 1995, a Nintendo acreditou que poderia lançar um headset de realidade virtual que fosse tão bom a ponto de criar uma nova indústria só de aparelhos do gênero, no entanto, ela acabou vendo que a realidade virtual estava muito afrente da tecnologia disponível na época da pior maneira possível.
O Virtual Boy começou a ser vendido em julho de 1995 e não precisou de muito tempo para começar a gerar críticas. Usuários reclamavam que sentiam dores de cabeça a ponto de sentirem náuseas ao utilizar o aparelho, outros diziam que o fato de ter de utilizar o aparelho sobre uma mesa gerava um desconforto terrível e ainda eliminava qualquer proposta de realidade virtual por não existir o efeito de tracking (efeito que movimenta as imagens reproduzidas pelo aparelho conforme o usuário movimenta a cebeça), sem contar o fato de que alguns de seus únicos jogos eram em terceira pessoa.
O número de vendas do Virtual Boy foi tão decepcionante que a Nintendo sequer os divulgou, tudo o que se sabe sobre o headset é que até o final de 1995, quando a Nintendo cancelou as vendas do produto no Japão, apenas 350 mil unidades haviam chegado às lojas do país, ou seja, provavelmente nem a metade desse número foi vendido.
Bom, vamos parar novamente por aqui e continuar em uma nova publicação. Infelizmente estamos quase chegando ao fim de nossa matéria especial sobre a história de nossos queridos videogames, afinal, vamos conhecer a sexta geração, quando a Sega lança o Dreamcast, seu último console, veremos, também, o console mais vendido da história, o Playstation 2, a Nintendo introduzindo o GameCube e a Microsoft entrando na briga com o Xbox.
Vale lembrar que se você ainda não leu as publicações anteriores (Parte 1, Parte 2, Parte 3 e Parte 4), recomendo que leia, assim você não ficará perdido em nossa linha do tempo! Assim que a parte 6 estiver concluída, você poderá acessá-la aqui no final do post.
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