Vírus de Android infecta 10 milhões de dispositivos e rouba usuários

Na última quarta-feira (29), foi divulgado um novo vírus de Android, que já está em atuação há algum tempo. Em suma, o vírus infecta a partir de aplicativos aparentemente seguros. A pesquisa mostrou que mais de 10 milhões de dispositivos, de cerca de 70 países, inclusive o Brasil, estão infectados com o GriftHorse.

Dentre os apps citados no levantamento, estão alguns nomes populares, que já não estão mais disponíveis, a exemplo de Handy Translator Pro, Heart Rate and Pulse Tracker, GPS Location Tracker, iCare - Find Location, entre outros, que acumulavam milhões de downloads.

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Vírus de Android

O cavalo de Troia GriftHorse foi descoberto por pesquisadores do Zimperium zLabs. A equipe encontrou os mesmos no meio de aplicativos aparentemente seguros na Google Play Store. De acordo com o relatório divulgado pelo centro de pesquisas, os apps foram disponibilizados em novembro de 2020, e atualizados pela última vez em abril de 2021.

Em suma, o vírus infectava os dispositivos por meio de mais de 200 aplicativos maliciosos disponíveis tanto na Google Play Store, como nas lojas de apps não oficiais. Os criminosos responsáveis pelo golpe também espalharam os programas infectados por várias categorias das lojas, desde Saúde até Entretenimento, para poder englobar mais pessoas.

Os 200 apps usados para espalhar o malware não eram vistos como ameaça por boa parte das soluções antivírus disponíveis para Android. O Google já removeu os apps de sua loja. Entretanto, eles ainda podem ser achados em repositórios de terceiros.

Como o vírus atua?

Os criminosos liberam apps aparentemente inofensivos na Google Play Store, tais como tradutores ou monitores de frequência cardíaca. Quando baixado, o app começa a enviar várias mensagens SMS para o celular da vítima, que pedem para que ela confirme os seus números de telefone para ganhar um prêmio.

A página de confirmação era carregada por um navegador interno dos apps maliciosos, e ao ter o número de telefone da vítima, o ciminoso a inscrevia em serviços com assinatura de aproximadamente US$ 42 (cerca de R$ 227 na cotação atual). E mais, a cobrança ocorria via a conta da linha móvel mensalmente.

De acordo com os pesquisadores responsáveis pela descoberta, a efetividade e expansão do vírus resulta da qualidade do seu código, da sua distribuição através de apps aparentemente seguros, e da grande quantidade de páginas usadas para fazer as assinaturas - cerca de 194 domínios.

Softwares infectados

Atualmente, não existe uma forma de remoção sugerida pelos pesquisadores. Por isso, a ação mais indicada é a desinstalação imediata dos apps relacionados ao malware e o escaneamento com antivírus. A lista de softwares é a seguinte: