A Justiça Federal do Distrito Federal decidiu proibir oficialmente o uso do aplicativo de mensagens ICQ em todo o território brasileiro. Essa proibição implica que tanto a versão clássica do ICQ quanto sua versão mais recente, o ICQ new, não podem mais ser utilizados em dispositivos móveis e computadores.
Justiça proíbe ICQ no Brasil
A medida foi anunciada pela Justiça na última sexta-feia (1º) e foi tomada em resposta a uma solicitação da Polícia Federal (PF), que alegou que o ICQ estava sendo usado por criminosos para disseminar vídeos e imagens de crianças e adolescentes em situações de nudez ou abuso sexual. A falta de ampla utilização do aplicativo no país tornava mais difícil a detecção dessas atividades ilegais.
A PF iniciou a investigação após denúncias feitas por reportagens do site Núcleo no mês de junho deste ano, e então notificou a empresa proprietária do aplicativo, mas não recebeu resposta até o momento. Diante dessa falta de cooperação, foi emitida uma ordem judicial para proibir o uso do ICQ no Brasil como medida provisória.
Até o momento, a VK, empresa por trás do ICQ, não emitiu um comunicado oficial sobre a proibição no Brasil.
ICQ foi um dos pioneiros entre os apps de mensagens
O ICQ, que foi lançado em 1996 pela startup israelense Mirabilis, competiu com sucesso no campo das mensagens instantâneas para computadores, alcançando grande popularidade, inclusive no Brasil. Em seu auge, nos anos 2000, registrou mais de 100 milhões de contas. Em 1998, foi adquirido pela America On Line (AOL), mas em 2010 a AOL vendeu o serviço.
Apesar de ter perdido parte de sua popularidade inicial, o ICQ ainda existe como um aplicativo de mensagens que oferece recursos como conversão de áudio em texto, sugestões de respostas e chamadas de vídeo ou áudio.
Fonte: Polícia Federal
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