A Apple está sendo acusada de remover milhares de aplicativos chineses da App Store em vários países do mundo. A denúncia foi feita por desenvolvedores chineses, que abriram um processo judicial contra a empresa. Conforme informações, somente nos Estados Unidos mais de 200 mil aplicações chinesas foram excluídas sem aviso prévio, o que foi considerado injusto e abusivo.
Para o Wall Street Journal, a Apple disse que utiliza as mesmas regras em todo o mundo e que os desenvolvedores sempre podem solicitar uma revisão nestas atitudes. Vale mencionar que grande parte dos casos cita que não houve qualquer tipo de chance para que os desenvolvedores pudessem sanar possíveis problemas que justificassem a exclusão dos apps.
No total, mais de um milhão de aplicativos chineses foram excluídos, revelou os dados não oficiais da ASO 100, empresa de pesquisa sobre tecnologia. A Apple não quis comentar sobre um número específico. Este já é o segundo grupo de desenvolvedores chineses que apresentou uma queixa oficial contra a empresa.
O desenvolvedor Chen We, responsável por um aplicativo de encontros, disse que o comportamento da Apple mostrou "tratamento muito desigual aos desenvolvedores chineses", que acabou deixando "muita gente insatisfeita". Outro desenvolvedor, Gu Cheng, disse que "alguns desenvolvedores da Apple detém o monopólio do poder e podem fazer o que bem entenderem, podem fazer remover qualquer app que desejem excluir".
O escritório de advocacia Sichuan Fa Ye Firm disse que o "objetivo comum ao iniciar esse processo coletivo é combater por relações leais de negócios para os desenvolvedores chineses". O texto foi direcionado para as autoridades regulatórias comerciais e econômicas da China.
Outro envolvido no caso, o Dare & Sure, de Pequim, acusa a Apple de abusar de seu poder sobre a App Store, considerada a única fonte oficial de download de aplicativos para iPhones.
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