Ao que tudo indica a Apple está nos ultimos estágios de fechar um acordo milionário para a compra da plataforma de descoberta de música Shazam, aquele app onde você aponto o celular para a música e ele identifica o artista e o nome do som que está tocando.
A fonte é o site TechCrunch que afirma que o acordo poderia ser anunciado ainda hoje, na segunda-feira. Caso a venda se concretize o preço estimado gira em torno de algo como US$ 400 milhões. Isso significaria um desconto gigante já que a empresa é avaliada em mais de US$ 1 bilhão desde sua última rodada de financiamento.
Até então o potencial comprador da plataforma era o poderoso Snapchat já que, desde o ano passado, a rede social tinha um acordo onde os seus usuários podiam usar o Shazam de dentro do Snap. Mas agora que a Apple parece ter ganho a disputa para saber quem leva o Shazam para casa não está claro como ficarão as coisas em relação a este e outros acordos mais antigos.
Quanto aos motivos por trás da aquisição nada de oficial, do lado da Apple os benefícios são numerosos. O mais óbvio, embora menos importante, seria que agora ela deixaria de pagar comissão por conta daqueles usuários enviados para o iTunes para comprar algo a partir do Shazam.
Agora, se formos pensar longe, um possível benefício seria até mesmo colocar uma pressão adicional em concorrentes como o Spotify e o Google Play Music já que, de acordo com um relatório do Wall Street Journal, o Shazam envia aproximadamente um milhão de cliques por dia ao serviço. Será que a Apple terminaria a integração entre essas plataformas e deixaria tudo exclusivo do iOS? Difícil, mas algo pode mudar neste sentido.
Especula-se, contudo, que os maiores benefícios desta compra possam estar ligados ao mundo da realidade aumentada já que o Shazam possui, desde o início de 2017, a possibilidade de marcas oferecerem conteúdo adicional a usuários que utilizem a câmera dos seus dispotivos para mirar em produtos físicos como revistas, livros e propagandas.
Isso poderia apontar uma resposta dos futuros iPhones para recursos implementados no Pixel 2 do Google (que já possui o Google Lens, uma plataforma de realidade aumentada que faz exatamente isso que o Shazam faz). Além disso também é possível no Pixel deixar o modo de escuta sempre ligado para identificar as músicas que ele está ouvindo em segundo plano, além de que, ao contrário do Shazam os proprietários do Pixel 2 não precisam pegar o telefone, desbloqueá-lo e abrir o aplicativo.
Quanto ao motivo do desconto no valor pago, provavelmente a Apple deixa de dar em dinheiro os mais de 600 milhões de dólares necessários para fechar o valor total da plataforma e, talvez, entregue aos criadores do Shazam algo mais valioso, como por exemplo, 700 milhões ou mais em papéis da companhia.
ATUALiZADO ÀS 15:45
Agora é oficial. Há alguns minutos a Apple confirmou o negócio em um comunicado oficial:
"Estamos emocionados de que o Shazam e sua talentosa equipe se juntem à Apple. Desde o lançamento da App Store, o Shazam tem consistentemente classificado como uma das aplicações mais populares para o iOS", afirmou a empresa em um comunicado à CNBC. "A Apple Music e Shazam são um ajuste natural, compartilhando uma paixão pela descoberta de música e oferecendo excelentes experiências musicais aos nossos usuários".
Os termos não foram tornados públicos, mas estima-se o montante de 400 milhões de dólares.
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