A Apple está investigando a rede de suprimentos do seu Apple Watch após um relatório publicado na semana passada em que dizia que o fabricante contava com estagiários para a conclusão dos dispositivos, disse a Financial Times.
A Sacom, grupo de direitos humanos, diz que a Quanta Comoputer, uma fornecedora taiwanesa da Apple, empregava estudantes de modo ilegal e exigia que eles trabalhassem em horas extras e também em turnos noturnos com somente um dia de folga por semana. A Sacom diz que a Quanta é responsável pela fabricação exclusiva do Apple Watch Series 1, 2 e 4 e o principal fabricante da Série 3.
O grupo revelou que entrevistou 28 estudantes do ensino médio na fábrica da Quanta Computer em Chongqing, na China. Grande parte deles tinha entre 16 e 18 anos e realizava tarefas rotineiras na linha de produção.
De acordo com os alunos, os professores disseram que não seriam capazes de se formar sem que realizassem tal trabalho. Um dos estudantes que se especializou em reparação de automóveis disse: "Eu disse ao meu professor que não quero fazer este trabalho. Ele então ligou para meu pai e conversou com ele por mais de uma hora. Meu pai então me pressionou, então eu não tive escolha senão vir."
A Sacon diz que muitos dos alunos não tinham nenhuma associação com a eletrônica e que não enxergavam qualquer benefício nesse estágio que envolvia a montagem de peças por 12 horas em um dia, chegando ser das 20h às 8h.
A Apple enviou um comunicado ao Financial Times:
"Estamos investigando com urgência o relatório que os estudantes internos acrescentaram em setembro, trabalhando horas extras e turnos noturnos. Temos tolerância zero para o não cumprimento de nossos padrões e garantimos uma ação rápida e uma correção adequada se descobrirmos violações do [código do fornecedor]".
Fonte:The Verge
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