Apesar do anúncio de que iria neutralizar toda a emissão de carbono de seus produtos e da cadeia de fornecimento até 2030, a Apple está com um problema. De acordo com a Greenpeace, a TSMC, parceira da americana Apple, está longe de se tornar ecologicamente correta. Confira os detalhes abaixo.
Plano sustentável da Apple
Em julho de 2020, a Apple afirmou que deseja neutralizar a emissão de carbono até 2030. Em suma, a empresa já teria alcançado essa meta nas operações corporativas em âmbito global. E agora, a americana promete zerar o impacto de todos os aparelhos produzidos, até a próxima década.
Para alcançar essa meta, a Apple propôs uma estrutura de baixo carbono, e a expansão da eficiência energética. Além disso, está previsto o desenvolvimento da matriz de energias renováveis, bem como inovações em processos e materiais e extração de carbono.
O plano anunciado tem como objetivo, incentivar as outras companhias a adotarem ações similares. Somente dessa forma, a Apple entende que é possível reduzir os impactos ambientais. De acordo com o CEO da Apple, TIm Cook, "As empresas têm a oportunidade de ajudar a construir um futuro mais sustentável, a partir da nossa preocupação comum com o planeta que compartilhamos".
iPhone não tem produção 100% limpa, diz Greenpeace
Apesar dos esforços da Apple para reduzir a sua pegada ecológica em 75% até 2030, o plano deve ser estendido. E o principal desafio deve ser a falta de chips no mercado. Na última terça-feira (21), o site CNBeta afirmou que a TSMC, maior fabricantes de semicondutores do mundo, tem planos bem menores no que diz respeito ao plano de zerar emissões. Em suma, a empresa estima essa meta apenas em 2050.
De acordo com os relatórios da Grenpeace, a TSMC usa quase 5% da energia elétrica de Taiwan. E a porcentagem deve subit para 7,2% em 2022. A empresa também faz uso de uma grande quantidade de recursos hídricos. Apenas em 2019, a empresa consumiu 63 milhões de toneladas de água. Isso ocorreu no mesmo período em que Taiwan enfrentava a pior seca em 50 anos.
Diante da escassez global de chips, os fabricantes são obrigados a elevar a fabricação. E assim, fica cada vez mais distante, a meta de garantir uma cadeia de produção sustentável em um curto prazo. Uma das alternativas encontradas pela TSMC, foi o acordo com a Ørsted. A empresa de energia está construindo um parque eólico internacional de 920 megawatts no Estreito de Taiwan. O acordo deve permitir 20 anos de fornecimento de energia limpa.
Sendo assim, ao levar em conta que a TSMC é a única fornecedora de chips dos principais dispositivos da Apple, como o iPhone, é possível que a empresa tenha que adiar os seus planos de sustentabilidade. Além disso, a falta de componentes deve afetar o preço dos dispositivos nos próximos anos.
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