Samsung, e CTV41, da Semp Toshiba, que custarão, respectivamente, entre R$ 1,6 mil e $ 1,7 mil, e R$ 1,2 mil e R$ 1,6 mil. Até o fim do ano, outros aparelhos capazes de receber TV digital estarão nas lojas.
Como funciona?
Assistir a programas de TV em alta definição na telinha do celular, em breve, será um recurso comum nos telefones móveis à venda no Brasil. Até abril, chegam ao mercado os modelos V820L, da Como funciona?
Para ver TV digital no celular é preciso, primeiro, ter um telefone compatível com esse recurso, como os dois anunciados por Semp Toshiba e Samsung. Os modelos com essa funcionalidade são equipados com uma antena para receber o sinal de televisão e com um software compatível com o padrão de TV digital brasileiro, que é diferente do europeu e do americano, e tem características do japonês, mas não é igual.
"Podemos fazer uma analogia com celulares com rádio AM/FM, que você liga, seleciona no menu e escuta a estação escolhida. Vai ser a mesma coisa no celular", diz Mário Fried, coordenador de projetos do CESAR (Centro de Estudos Aplicados do Recife), que desenvolve projetos de tecnologia.
Além disso, o usuário precisa estar em uma região que receba sinal de TV digital. Por enquanto, apenas a capital de São Paulo tem cobertura, embora até o fim do ano a TV digital deva chegar a outras cidades brasileiras, segundo o cronograma do Ministério das Comunicações.
Novela na telinha?
O padrão de TV digital brasileiro permite que as emissoras transmitam gratuitamente seus programas para qualquer dispositivo capaz de receber o sinal, como aparelhos de TV ou telefones móveis. Isso significa que o usuário não precisará pagar para ver televisão aberta em alta definição na telinha do celular. Mas ver um capítulo inteiro da novela das oito no display do aparelho será uma experiência confortável?
André Varga, gerente de produto da Samsung, explica que a fabricante fez mudanças em seus aparelhos para melhorar a experiência do usuário ao ver vídeos no celular. "Em geral, a altura da tela do celular é maior que a base e normalmente assistimos a vídeos na posição 3x4, com a base maior que a altura. Por isso, o mercado teve que encontrar soluções, como tela giratória ou o software que permite que a imagem se adapte automaticamente à posição da tela".
Fried, do CESAR, diz que a duração da bateria dos aparelhos capazes de receber sinal de TV digital terá que ser maior do que a dos modelos sem esse recurso. O modelo V820L, da Samsung, por exemplo, terá autonomia de 3,5 horas de bateria para o usuário ver televisão de forma contínua. E a própria captação da imagem que será transmitida para o celular terá que ser realizada de forma diferente. "Se a captação de um jogo de futebol, por exemplo, não for diferente, bola vai ficar invisível na tela do celular", pondera.
Durante o período de definição sobre qual seria o padrão de TV digital brasileiro, emissoras e operadoras travaram uma disputa. As teles defendiam a adoção de um padrão que tornasse obrigatório o uso de suas redes. As redes de televisão queriam transmitir conteúdo para telefones móveis livremente, sem a participação das operadoras de telefonia. As emissoras levaram a melhor, mas especialistas acreditam que o grande filão da TV digital móvel é a produção de conteúdo específico para esta nova mídia.
"Uma coisa é ver um conteúdo premium no celular, como o resumo do capítulo da novela das oito, por exemplo, outra coisa é assistir à novela ao vivo, no horário que ela vai ao ar. A experiência é muito diferente", analisa Alexandre Borin, diretor no Brasil do Ericsson Mobility World.
Fried acredita que em pouco tempo, emissoras e operadoras criarão produtos específicos para esta nova mídia. "Defendo que a programação para celular seja diferente, com, por exemplo, os melhores momentos de um jogo ou do capítulo da novela. No primeiro momento não vai ser assim, mas em um futuro próximo o conteúdo que for transmitido para o celular tera que ser diferenciado", prevê.
Autor: Fabiana Monte - WNEWS
O padrão de TV digital brasileiro permite que as emissoras transmitam gratuitamente seus programas para qualquer dispositivo capaz de receber o sinal, como aparelhos de TV ou telefones móveis. Isso significa que o usuário não precisará pagar para ver televisão aberta em alta definição na telinha do celular. Mas ver um capítulo inteiro da novela das oito no display do aparelho será uma experiência confortável?
André Varga, gerente de produto da Samsung, explica que a fabricante fez mudanças em seus aparelhos para melhorar a experiência do usuário ao ver vídeos no celular. "Em geral, a altura da tela do celular é maior que a base e normalmente assistimos a vídeos na posição 3x4, com a base maior que a altura. Por isso, o mercado teve que encontrar soluções, como tela giratória ou o software que permite que a imagem se adapte automaticamente à posição da tela".
Fried, do CESAR, diz que a duração da bateria dos aparelhos capazes de receber sinal de TV digital terá que ser maior do que a dos modelos sem esse recurso. O modelo V820L, da Samsung, por exemplo, terá autonomia de 3,5 horas de bateria para o usuário ver televisão de forma contínua. E a própria captação da imagem que será transmitida para o celular terá que ser realizada de forma diferente. "Se a captação de um jogo de futebol, por exemplo, não for diferente, bola vai ficar invisível na tela do celular", pondera.
Durante o período de definição sobre qual seria o padrão de TV digital brasileiro, emissoras e operadoras travaram uma disputa. As teles defendiam a adoção de um padrão que tornasse obrigatório o uso de suas redes. As redes de televisão queriam transmitir conteúdo para telefones móveis livremente, sem a participação das operadoras de telefonia. As emissoras levaram a melhor, mas especialistas acreditam que o grande filão da TV digital móvel é a produção de conteúdo específico para esta nova mídia.
"Uma coisa é ver um conteúdo premium no celular, como o resumo do capítulo da novela das oito, por exemplo, outra coisa é assistir à novela ao vivo, no horário que ela vai ao ar. A experiência é muito diferente", analisa Alexandre Borin, diretor no Brasil do Ericsson Mobility World.
Fried acredita que em pouco tempo, emissoras e operadoras criarão produtos específicos para esta nova mídia. "Defendo que a programação para celular seja diferente, com, por exemplo, os melhores momentos de um jogo ou do capítulo da novela. No primeiro momento não vai ser assim, mas em um futuro próximo o conteúdo que for transmitido para o celular tera que ser diferenciado", prevê.
Autor: Fabiana Monte - WNEWS
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