Este tipo de marketing surgiu da necessidade de novas técnicas publicitárias na década de 70, devido à diminuição da eficácia das propagandas atuais, porém, seu ápice ocorreu somente nos anos 80, com a publicação do livro de Jay Conrad Levinson, com o objetivo de possibilitar grandes resultados com pequenos investimentos nas organizações.
O autor afirma que é possível desenvolver campanhas e ações publicitárias, criativas e inovadoras, sem investir muito dinheiro. As formas para fazer isso são as mais diversas, desde intervenções nas ruas, colocações de mídia em lugares inusitados, criações de espaços exclusivos para ações, entre outros. A partir dessa data, o Marketing de Guerrilha vem ganhando muita força nas estratégias de propaganda.
Todos os dias somos bombardeados por propagandas vindas por todos os meios. Nem sempre estamos dispostos a recebê-las, porém, nos falta escolha. As propagandas estão no ônibus, na TV, rádio, nas revistas, nos nossos e-mails, enfim, por todos os cantos elas estão espalhadas.
Existem diversas formas de propaganda, em muitas vezes nós nem percebemos que estamos sofrendo influência de alguma delas. Os chamados "guerrilheirosmooca do marketing" estão sempre criando novas estratégias para atrair o consumidor. Geralmente essas propagandas são feitas na rua, sem muito custo e com alto poder de impactar as pessoas.
O grande diferencial do Marketing de Guerrilha é que o ato que está acontecendo não pode parecer uma propaganda, mas sim tem o objetivo de intrigar, deixar as pessoas se perguntando o que está acontecendo e se é realmente real.
No ano de 1929 Edward Louis Bernays, sobrinho de Freud e um respeitado Relações Públicas, criou a primeira ação de Marketing de Guerrilha de que se tem notícia: Ele passou a seguinte informação para a imprensa: Haverá uma manifestação feminista e durante a manifestação iam acender a tocha da liberdade. Obviamente todos tos jornalistas ficaram intrigados e então quando todos chegaram, cada feminista, todas modelos contratadas, acederam um LUCK STRIKE e fumaram na frente dos fotógrafos. Não podemos esquecer que em 1929 as mulheres não podiam fumar em público.
Um dos princípios básicos do Marketing de Guerrilha é abandonar as mídias comuns criando novas opções de comunicar, seguindo a idéia "não compre mídia, crie uma". Esta grande alternativa foi muito importante depois da grande demanda de propaganda em jornais, revistas e televisão.
A grande busca por mídias alternativas é um sinal de que a propaganda tradicional não está mais conseguindo obter os resultados esperados. O que todos sabemos é que os consumidores não conseguem mais captar as mensagens, pois o número de informações diárias é muito grande. Por todos esses fatores a propaganda vem se reinventado, e os profissionais de marketing também. As empresas buscam resultados, e quando a veiculação em mídias de massa não gera mais este efeito, está na hora de mudar.
Mais exemplos de marketing de guerrilha:
Muitos formatos estão sendo desenvolvidos para suprir as falhas da propaganda. O processo já vem se desenvolvendo há alguns anos. Patrocínios em clubes esportivos, adesivos em carros de corrida, em postos de gasolinas, nas estações de metrô, pinturas em muros, etc. Hoje em dia estas formas de comunicação e propaganda já não estão mais surtindo efeito quanto antigamente.
Por essa razão o Marketing de Guerrilha amplia a comunicação, usando profissionais multidisciplinares, e agências de comunicação, na qual há a integração de vários profissionais como o de relações públicas, jornalistas, sociólogos, e outros. A guerrilha se utiliza da mídia espontânea de duas formas. Pode criar algo totalmente novo e inusitado, que chama a atenção automaticamente dos veículos de comunicação, ou trabalha pesado na questão de produção de releases e materiais editoriais, que são enviados aos veículos de comunicação. Não há certeza em que o material será publicado, como também, se sofrerá alterações ou acréscimo de informações, mas se for aceito irá transmitir com credibilidade as informações da empresa.
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Alguns exemplos de Marketing de Guerrilha que chamaram muito a atenção e consequentemente atingiram seu objetivo, como o fato ocorrido na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, a FIFA se posicionou contra uma ação de emboscada. A empresa Bavaria, concorrente da patrocinadora oficial do evento, a Budweiser, distribuiu centenas de calças com a sua marca para os torcedores. A FIFA considerou a ação uma tentativa de armadilha publicitária, onde durante a partida, a marca Bavaria seria filmada inúmeras vezes. Assim obrigou torcedores holandeses a assistirem a partida entre Holanda e Costa do Marfim usando apenas a roupa de baixo.
Na 34ª festa de San Gennaro em 2007, realizada no bairro Mooca, em São Paulo, a Ariel realizou uma ação de emboscada. O sinônimo da festa é a comida farta e saborosa, tipicamente italiana, como macarronadas, doces, pizzas, polentas, entre outros, consumidas pelos visitantes, que permanecem de pé durante toda a festa. Diversos agentes, vestindo uma camiseta branca lambuzada de molho de tomate percorriam no espaço da festa e nas costas da camisa aparecia a mensagem. "Manchou? Ariel". Além disso, foram distribuídos milhares de guardanapos para as barracas e restaurantes da festa, com a mensagem: "As lembranças da Festa de San Gennaro ficam. As manchas não. Ariel 5 estrelas remove até manchas secas". Veja: O que fazer para melhorar a conversão de seus usuários
Eticamente não parece ser a melhor estratégia de marketing, pois o consumidor não imagina que está sofrendo a influência de um determinado ato. Porém, não temos como julgar o que é certo ou errado. Como dizem, "Cada um luta com as armas que tem". O importante sempre é inovar e, obviamente, respeitar o consumidor.
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