Há alguns meses um termo começou a fazer parte do dia a dia de quem mora na internet: Bitcoin. A ideia geral é que ela é uma moeda, e que vale muito. Afinal, foi por isso que ela caiu na boca do povo.
Todo mundo já ouviu falar da pessoa que comprou 27 dólares em Bitcoin e quando viu tinha mais de 800 mil na carteira ou o garoto que começou a comprar moedas com 12 anos a após investir um total de 1 mil dólares havia se tornado milionário ao completar 18 anos, etc.
Mas o que faz essa moeda ser tão valiosa? Quem a criou? Se não existe fisicamente como pode ter valor? Como esse valor é calculado? Como ela surge? Existem outras além dela? Como foi que ela valorizou mais de 1400% somente em 2017? Essas e outra questões a partir de agora.
P.S.1 Todas os cálculos e cotações foram feitas com os valores do dai 13/12/2017
P.S.2 A primeira versão deste post é de setembro de 2017. Na época 1 BTC valia absurdos 4 mil dólares. Hoje, quando o atualizo, em dezembro do mesmo ano, o valor já passou dos 17 mil.
Bitcoin a moeda do futuro
Pense em um investimento que quando você compra paga míseros 0,00076 dólares pela unidade e, 4 anos depois, quando resolve vender arrecaca mais de 1.240 dólares por cada? Acha impossível?
Bom, se você estava ligado numa tal desconhecida moeda virtual lá em 2010 e resolvesse comprar míseros 600 reais dela na época, hoje venderia por nada mais nada menos do que 52 milhões. Eeeeita. Essa é a valorização pela qual passou o Bitcoin a mais bem sucedida moeda virtual.As vantagens da moeda vão da segurança à liberdade e tarifas zero, mas para que ela chegasse no patamar que ocupa hoje com um valor de mercado de mais de 286 bilhões de dólares, a caminhada foi longa.
A história do Bitcoin
O primeiro Bitcoin surgiu em 3 de janeiro de 2009, poucos meses após o 29 de setembro de 2008, dia da maior baixa da bolsa de valores depois da Grande Depressão, aquela mesma que em 1929 reduziu papéis e moedas a porcentagens ínfimas de seu valor. Embora não tenha sido a maior das crises da economia moderna a crise de 2008 foi grande o suficiente para acabar com instituições sólidas como tradicionais bancos que tiveram de fechar as portas levando com eles muita gente que perdia rios de dinheiro, quando não as economias de uma vida inteira.
Para que a coisa não piorasse ainda mais o governo dos EUA - onde começou o problema - decidiu injetar nada mais nada menos do que 700 bilhões de dólares, provenientes de impostos, de maneira direta na economia (quase 17 TRILHÕES a longo prazo e de maneira indireta, segundo a Forbes).
Daí você pensa: "Legal o governo se preocupar com as pessoas e cobrir o prejuízo da crise". Não é bem assim, pois se você não fosse uma das poucas pessoas que podem bater no peito e dizer que são donas ou acionistas de um banco então não tinha muito o que comemorar com esse plano emergencial de salvamento.
Prova disso que somente em 2008 mais de 860 mil famílias foram despejadas de suas casas por não conseguirem pagar a hipoteca. Isso mesmo: para os bancos que especularam com o dinheiro dos outros e foram os maiores responsáveis pelo problema, a ajuda bilionária, para as pessoas, a execução da dívida.
Assim ficou uma questão no ar: Por que o valor do dinheiro tem que ser de responsabilidade dos governos e das grandes instituições se quando a coisa aperta somos nós, pessoas físicas,que pagamos o pato? Por que a responsabilidade não pode ficar a cargo de pessoas "comuns" já que são elas que fazem girar o dinheiro no dia a dia e produzem as riquezas?
Essa foi a premissa inicial do Bitcoin de acordo com Satoshi Nakamoto, seu criador: Uma moeda justa onde as transações ocorram livremente de pessoa para pessoa, todas elas sendo registradas em modo público e aberto na internet para quem quiser acompanahr, sem a possibilidade de falsificação e prejuízos por parte de pessoas mal-intencionadas e, principalmente, sem intermediação governamental.
Com isso garante-se um sistema livre de taxas, de corrupção e sem os riscos que uma centralização traz consigo (como o da quebra de 2008 e a imediata resposta em prol dos bancos). A proposta foi originalmente anunciada ao mundo em 31 de outubro do mesmo ano da crise e você pode lê-la neste link.
Mas antes de avançarmos com a história do BTC, um adendo: Ainda não se sabe quem é esse tal de Satoshi, se é um nome real ou fictício, não se sabe nem mesmo se trata-se de "ele", "ela" ou "eles", pois o suposto criador limitou-se apenas a conversas em fóruns online e nada mais; nunca mostrou a cara. Após criar o que viria a ser o Bitcoin e explicar como tudo funcionava àqueles que propuseram lhe ajudar na empreitada, Satoshi passou adiante o registro Bitcoin.org, entregou os códigos fonte aos que dariam continuidade e desapareceu no início de 2010.
Desde então muitos já foram apontados como o verdadeiro Satoshi, de mestres em criptografia a criadores de moedas virtuais anteriores ao Bitcoin, porém, todos os chutes mostraram-se errados ou, no máximo, não puderam ser provados. Hoje, após diversas especulações, o "último e atual" criador da moeda é o australiano Craig Steven Wright.
O que lhe clalifica ao posto tal é que além de ser um gênio dentro da computação, ele desenvolveu o primeiro cassino online do muno, fundou uma empresa de segurança virtual e computação forense e uma empresa de criptomoeda.
Bem, sendo ele ou não, o tal Satoshi verdadeiro, que está por aí em algum lugar do mundo, está muito bem já que se especula que ele tenha cerca de 1 milhão de bitcoins em sua carteira virtual. A fortuna, em valores de hoje gira em torno de algo como 17 bilhões e 326 milhões de dólares.
Fechando o parêntese sobre o criador e voltando ao Bitcoin, por tudo o que vimos até agora, pelo menos em teoria, Satoshi havia criado um sistema imbatível. Com a transação ocorrendo ponto a ponto e sem intermediários ela não pode ser controlada, taxada ou regulada. Pense bem: se você for enviar dinheiro para uma pessoa através da internet utilizando os meios tradicionais como faria? Precisaria envolver uma terceira parte, seja um banco e uma operadora de cartão de crédito ou então o PayPal. Alguém teria que intermediar essa transação e, além da tradicional "taxinha" , poderia, inclusive, em um ato de loucura reter o seu dinheiro e não devolver nunca mais. Achou esse exemplo muito extremo? Então pergunte para alguém que teve sua poupança confiscada em 1990 pelo presidente Collor. Fora Temer Após colocar o sistema para funcionar Satoshi faz a primeira transação com Bitcoin da história em 12 de janeiro de 2009, enviando 50 BTC a Hal Finney, um dos primeiros a se disponibilizar a ajudá-lo com a programação da moeda. O registro público da transação pode ser visto aqui. Até então a moeda ainda nem mesmo tinha um valor estipulado, já que sua primeira cotação aconteceria somente alguns meses depois, em 5 de outubro, quando a New Liberty Standard avaliou que 1 dólar poderia comprar pouco mais de 1300 Bitcoins (hoje 1300 BTCs equivalem a mais de 22 milhões e 500 mil dólares). A primeira "casa de câmbio" a negociar a moeda virtual, a DWDollar, começaria a operar com a moeda em 6 de janeiro de 2010 avaliando que ela estava valendo 0,001 dólar. Na primeira trasação comercial do mundo com BTC pagou-se o equivalente a 173 milhões de dólares por uma pizza de U$S 25 Agora sim já estava tudo pronto para acontecer a primeira transação verdadeira e comercial de Bitcoin. Foi em 22 de maio quando ele valia 0,0025 e 10 mil bitcoins foram utilizados para comprar uma pizza de 25 dólares. Fez as contas? Na ocasião alguém pagou o equivalente hoje a mais de 173 milhões de dólares por uma pizza. Mas até então ninguém dava bola para a moeda e é bem provável que o dono da pizzaria só tenha aceitado vender seu produto em troca de "dinheiro de mentirinha" pela zoeira e parceria e não por acreditar na tal criptomoeda. Na real acho que ele nem se deu ao trabalho de criar uma carteira para guardar o valor digital. Dizem que ele chora no banho até hoje por conta disso. O grande boom do Bitcoin ainda iria demorar um pouco para acontecer: Somente em 1 de janeiro de 2011 quando a Silk Road abre as portas e adota o BTC como moeda oficial de todas as operações ocorridas por lá. O casamento entre a SR e a moeda virtual foi perfeito, parecia que uma havia sido criada para a outra. Mas se você nunca ouviu falar do Silk Road, eu explico: o SR surgiu na Deep Web, aquela internet escondida e "perigosa", com o intuito de comercializar todos os tipos de contrabando possíveis: armas, documentos falsificados e drogas, muuuitas drogas. Para acessar a Deep Web você precisa de um navegador especial, o Tor, que lhe deixa anônimo (o que você, certamente, deseja caso vá comprar meio quilo de heroína). Pelo mesmo motivo de irrastreabilidade o Bitcoin passoa a ser usado em grandes quantidades na Deep Web e seu valor logo dispara passando a ser cotado em 0,32 dólar. Com o recente sucesso na Deep Web o despretensioso site Mt. Gox,fundado por um americano morando no Japão e que havia sido criado ainda em 2010, desponta repentinamente como o maior site para compra e venda da moeda, elevando o valor do Bitcoin para 0.88 dólar. Logo aconteceria a paridade com o dólar de 1 para 1. E se a Silk Road já tinha bombado a moeda com a inauguração do site ela ainda daria um segundo empurrãozinho ao Bitcoin com o seu outro extremo: o fechamento do site. Mas para entendermos como tudo isso aconteceu temos que ver o cenário como um todo: Em 2012 o Silk Road movimentava mais de 22 milhões de dólares por ano, tudo em Bitcoin e tudo proveniente de negócios ilegais. Nessa época a União Europeia já havia oficializado a moeda, o BitInstant figurava como a grande negociante do mercado, o valor de mercado dos Bitcoins em circulação havia passado de 1 bilhão de dólares e a moeda digital já era cotada em mais de 10 dólares a unidade. Essa conjunção de fatores fora o suficiente para chamar a atenção dos bancos que agora haviam elevado aquela besteira de dinheiro de mentirinha á categoria de possível e iminente problema ao sistema. Assim os gigantes do mercado financeiro começam a mexer os pauzinhos e movimentar um poderoso lobby dentro dos setores chave do governo dos Estados Unidos. O resultado foi certeiro e em pouco tempo o FBI fecharia o cerco sobre o Silk Road, colocando um fim às suas atividades em outubro de 2013. Seu fundador, Ross Ulbricht, foi identificado, localizado e preso em 2014. A partir de então começaria um grande circo da mídia envolvendo o seu julgamento. Pense comigo: Ross foi preso na Califórnia, os servidores que hospedavam o Silk Road estavam fora do país (portanto regidos por leis internacionais) e os compradores e vendedores, por sua vez, eram das mais diferentes partes do mundo, tantas que seria impossível listá-las. Frente estas evidências, responda-me o porquê do julgamento ocorrer justamente em Nova Iorque, mais precisamente no sul da ilha de Manhattan? Pelo simples motivo que é lá fica Wall Street, o coração do sistema bancário mundial. Ross não foi julgado por intermediar drogas ou armas, mas sim por fomentar um sistema que desafiava e começava a incomodar as grandes corporações. Suas sessões no tribunal tiveram repercussão nacional e um grande acompanhamento midiático que buscava passar apenas uma mensagem: Quem mexe com Bitcoin se dá mal. Só isso explica a prisão perpétua a qual ele foi condenado. Mas como dito alguns parágrafos acima, toda a questão acerca do fechamento do maior site de serviços ilícitos do mundo só conseguiu fazer com que milhares de pessoas ouvissem falar sobre a tal novidade e se interessassem pelo assunto. Outra coisa interessante nessa questão é a seguinte: o Bitcoin carecia de regulamentação na época, logo, ele não era ilegal e, portanto, possui-lo não se encaixava em nenhum crime previsto em lei. Por isso toda a fortuna em Bitcoins que fora apreendida pelo FBI e que estava em posse do Silk Road quando da prisão de Ross deveria ser posta em leilão, da mesma forma que acontece com a Ferrari ou o helicóptero de um traficante. O resultado é esse mesmo que você está pensando: mais propaganda gratuita a ela ao mesmo tempo em que, indiretamente, a operação termina por legitimar o Bitcoin como uma moeda. CHECKMATE. Graças à bagunça causada pelo FBI, mídia, governo e instituições financeiros estava montado o cenário para que, em breve, começasse a operar a primeira casa de câmbio de Bitcoins do mundo, a Bitcoin Center. Onde? Ali mesmo em Wall Street, há alguns metros da maior bolsa de valores do planeta. Que tapa de luva <3 "Pobres" dos bancos, tudo o que eles queriam que acontecesse não só não se concretizou como teve um efeito inversamente proporcional: agora sim que a questão do Bitcoin não iria esfriar tão cedo e ainda iria culminar em uma série de debates que visavam à criação de uma regulamentação local para a criptomoeda e para as casas que a operavam no estado de Nova Iorque. Mas, como sabemos, vaso ruim não quebra e os bancos não iam desistir tão facilmente de tentar inviabilizar que a modernidade chegasse no seu setor. Assim, após mais um lobby violento, quando a BitLicence - como foi chamada a lei regulamentadora - foi concluída, em 2015, a negociação da moeda virtual naquele estado ficou inviável por conta das taxas, certificações exigidas ao vendedor, etc. A única saída encontrada era bloquear totalmente o acesso aos residentes no estado, mas como se bloqueia o acesso de uma moeda justamente à região que costuma ser o centro do capital mundial ? Em outras palavras, buscava-se uma total inviabilização do BTC.
E os bancos conseguiram? Em partes, pois aquele centro de venda de Bitcoins a 30 metros da bolsa de valores de NY e outras 10 casas de venda no estado foram imediatamente fechadadas logo que as imposições entraram em vigor. Mas o mais interessante de tudo é o seguinte: as regras do negócio de moeda digital em Nova Iorque foram criadas pelo Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova Iorque, que até então era chefiado por Benjamin Lawsky, o cara que comandou todo o processo de regularização. Pois bem, logo após as regulamentações entrarem em vigor o que foi que Lawsky fez? Pediu demissão do seu prestigiado e bem remunerado cargo público (127 mil dólares por ano) para criar uma empresa de consultoria para quem desejasse abrir um negócio de compra e venda de bitcoins e precisasse de uma ajudinha para navegar entre as brechas das leis criadas por ele próprio!! Em outras palavras o que ele fez foi o seguinte: Viu o enorme potencial do Bitcoin, construiu um muro em volta dele, sentou no portão e passou a cobrar a entrada de quem desejasse usufruir da novidade. Hoje, no entando, após lutarem e perderem todas as batalhas para a inventividade e inovação instantânea dos serviços digitais parece que o cenário mudou, inclusive para os bancos. As maiores instituições financeiras do mundo já têm um responsável altamente treinado e bem pago para lidar apenas com os Bitcoins, inclusive o JP Morgan, que deu uma declaração polêmica e totalmente compreensível para uma instituição bancária que, a cada dia que passa, perde mais e mais taxas e correntistas por causa da novidade digital (eu também daria se fosse esse banqueiro). Mas passado o susto inicial, nem tudo acerca do Bitcoin é um mar de lamentações para os bancos. O que mais os empolga (e todos os que lidam com grandes somas de dinheiro) e que pode ser usado como algo a somar nos negócios é a cadeia de validação da blockchain. Algumas gigantes já investem em suas próprias versões da inteligência para validar transferências de derivativos, transferências de títulos ou qualquer outro instrumento financeiro de alta volatilidade e que demande uma forma complexa de transferência. Mas claro, usando as suas máquinas e não aquelas de mineradores anônimos. Para os bancos, encontrar um meio de controlar esse sistema de validação talvez seja mais importante do que a própria segurança das transações. Essa é a aposta de, por exemplo, Blythe Masters, CEO da Digital Asset Holdings, empresa que desenvolve tecnologia para negociações financeiras de grande porte, e uma das pessoas mais influentes da área. Segundo a própria: A Blockchain elimina uma quantidade significativa de ineficiência do sistema e reduz custos. Assim o caminho parece estar traçado, pelo menos para Blythe. Se o Bitcoin surgiu para contornar Wall Street o que ela quer fazer é trazer Wall Street para perto do Bitcoin. E os investidores iniciais de Bitcoin, aqueles que ajudaram a criar o código e expandir a indústria, será que eles se importam? Nem um pouco, segundo eles próprios. O Bitcoin é incontrolável, não importa quem o esteja tentando centralizar e dominar, não conseguirá. O próprio mercado irá "controlá-lo" ao mesmo tempo em que o mantém livre e descentralizado. Depois de tantas idas e vindas o Bitcoin já vale mais de 17 mil dólares e valoriza mais do que qualquer ativo do mundo em questão de dias ou até mesmo horas. Ok que de vez em quando até balança, mas não cai. Enquanto a China proíbe o comércio e transação da moeda em seu país enquanto não houver regulamentação central, a União Europeia sinaliza a vontade de ser o primeiro continente Bitcoin do mundo. O último grande passo do Bitcoin foi a sua estreia na bolsa de valores de Nova Iorque, sim, ela mesmo a Wall Street em 10 de dezembro de 2017. A responsável pelo lançamento dos fundos foi a Chicago Board Options Exchange (CBOE). Como era de se esperar, em poucas horas de negociações, o ativo já havia sido valorizado em 25%, o que desencadeou uma parada de cinco minutos no comércio dos papéis, medida que é tomada sempre que uma ação cai demais ou sobe bastante para que não aconteça uma reação em cadeia. Além disso o lançamento também causou o colapso do site da CBOE devido a um aumento imprevisto no tráfego. A própria companhia fez o anúncio em seu Twitter: Due to heavy traffic on our website, visitors to https://t.co/jb3O722hoo may find that it is performing slower than usual and may at times be temporarily unavailable. All trading systems are operating normally. Segundo a rede americana de televisão, CNBC, o futuro (que expira em 17 de janeiro de 2018) foi negociado por valores de cerca de de US$ 2.000 acima do que era praticado pelo mercado no momento, totalizando US$ 18.490 (um aumento de quase 20%). Para quem não sabe o que é um futuro, aqui vai uma breve explicação: um futuro permite que duas partes troquem um ativo a um preço específico para ser reembolsado em data acordada no futuro. No caso dos futuros de Bitcoin, é essencialmente um produto financeiro que permite que os investidores apostem naquele que acham que será o preço do Bitcoin será em uma data futura. Portanto, quem pagou quase 18.5 mil dólares no futuro está esperando que, no término do contrato, em 17 de janeiro, ele estará valendo, no mínimo, mais do que isso. O lançamento dos futuros da Bitcoin no CBOE significa que grandes empresas de investimento e corretores podem começar a apostar pesado nas criptomoedas, dando mais credibilidade para quem espera um nome forte por trás das transações para investir junto e, possivelmente, frenando sua volatilidade. A medida abre também a possibilidade do BTC ser transformado em um fundo negociado regularmente na bolsa, onde possuirá os ativos subjacentes (Bitcoin, neste exemplo) e divide sua participação em ações. Os investidores receberão juros ou dividendos, uma vez que são continuamente negociados. Por conta do valor da moeda que só cresce, cresce também os interessados em minerá-la e assim obter um lucro ainda maior (não se preocupe se você não sabe nada da parte de mineração, logo mais falaremos sobre ela aqui nesse post). Afinal, por que lucrar apenas com a diferença do valor de compra de hoje para o valor de venda de amanhã se podemos criar 1 BTC "do nada" e então lucrarmos todo valor de venda cheio? Pois é, e essa prática tem causado um efeito colateral que ninguém havia pensado: o consumo de energia elétrica para gerar as moedas virtuais está crescendo na mesma proporção do seu valor de compra/venda. De acordo com o site Digiconomist, especializado em moedas virtuais, a Blockchain, está consumindo energia a uma taxa anual de 32 TeraWatts hora, ou seja, 32 mil GigaWatts hora, ou numa escala ainda mais reduzida: 32 MILHÕES de Megawatts hora. Para você ter noção do que isso significa, a hidrelétrica brasileira de Itaipu (maior geradora de energia renovável do mundo) produz "apenas" 14 mil Megawatts hora. Sacou o tamanho do rombo? Hoje a produção de Bitcoin está consumindo tanta energia quanto a Dinamarca, país de quase 6 milhões de habitantes. De acordo com os cálculos do site, cada transação completa de Bitcoin consome 250kWh para ser gerada, o suficiente para alimentar uma casa por nove dias na média. Assim, estima-se que estes números continuarão a subir acompanhando o valor crescente de comércio do BTC. O mais assustador contdo é como esse crescimento está se dando. Em novembro deste ano eram 25 Twh de consumo, 1 mês depois já era os citados 32 TWh: um crescimento de 24%. Assim, Eric Holthaus projeta, meteorologista do site Grit afirma que, se for mantida esta taxa de crescimento, no início de 2020 a rede Bitcoin "usará o equivalente a toda eletricidade disponível agora em 2017 no mundo". "Esta é uma trajetória insustentável", ele escreve. Assim, já que o consumo aumenta na mesma medida em que o preço da moeda aumenta, o mesmo Digiconomist fez um cálculo: Se hoje, com o Bitcoin avaliado em US$ 17.000 a produção mundial de BTCs gera um consumo equivalente a menos de 1% da energia demandada somente pela economia dos EUA, baseando-se na relação preço de comercialização x aumento nos gastos com mineração, para que o consumo de energia de Bitcoin cresça ao ponto de exceder somente o consumo americano, o preço da unidade da moeda teria que subir aproximadamente 100 vezes, batendo a casa do US$ 1.7 milhão. Será que isso aconteceria durante as próximos décadas (como você verá mais abaixo o Bitcoin possui um limite fixo de BTCs que poderão ser minerados)? Não me parece provável. Mas claro que no início de 2015 o Bitcoin valia apenas US$ 200 por moeda... Mas pior do que o esgotamento energético do planeta (eu estou sendo irônico) é a bolha que pode estar inflando, inflando, inflando e daqui a pouco pode estourar. Segundo alguns analistas o desastre iminente está a alguns poucos passos de distância. Enquanto a história não pode ser usada para prever o futuro, ele pode ser usado para dar alguns indícios do rumo que a coisa está tomando. E os rumos indicados não são nada bons. Se pegarmos os dados de crescimento de qualquer ativo quantificável na história do planeta e mais, pegarmos todos os momentos que antecederam bolhas econômicas, o valor do Bitcoin já superou o valor que em que todas as bolhas estouraram, ou seja, o Bitcoin já é a maior bolha financeira da história mundial, maior que a crise de 29, de 2008, a bolha da internet e até mesmo o infame episódio da bolha da tulipa, ocorrida na Holanda no início dos anos 1600, quando o preço de uma única flor excedeu a renda anual média dos trabalhadores qualificados. Para piorar um pouquinho mais ainda a projeção para os fanáticos pela moeda digital, muitas similaridades podem ser vistas em ambos os casos: Assim como no caso das tulipas, muitas pessoas também usaram suas casas para investir no Bitcoin; assim como nas tulipas, muitas pessoas que não entendiam nada de produção de flores largaram seus empregos para se dedicar inteiramente a um negócio desconhecido; assim como nas tulipas, muitos começaram a colocar tudo que tinham (e até aquilo que não tinham) na compra de um ativo durante a alta para então segurá-lo, segurá-lo, segurá-lo até que.... a bolha estoura e lá se vai o valor do produto. Claro que com o Bitcoin ainda não houve o estouro, mas segundo alguns não é questão de SE vai estourar, mas sim de QUANDO vai estourar. E, claro, ainda existe a possibilidade (inevitabilidade?) de que algum hacker em algum lugar do mundo descubra como falsificar Bitcoins ou então de explorar alguma possível vulnerabilidade das wallets e faça a festa. De acordo com alguns relatórios, alarmistas talvez, um dos principais objetivos dos hackers norte-coreanos seria justamente esse: quebrar a inquebrável criptografia da Blockchain. Um mau sinal pode ser a atitude da Steam frente a tudo isso. A maior plataforma de venda de games do mundo, que possui um faturamento na casa dos bilhões de dólares por ano, anunciou recentemente que estão retirando a possibilidade de pagamentos via Bitcoin. O motivo, segundo eles, é que o valor da moeda está descontrolado, subindo mais do que deveria, o que pode gerar desvalorização nos games vendidos em questão de dias. Para piorar eles temem o estouro da tal bolha. Aos que acreditam na moeda cumpre torcer para que a Steam não faça escola e que outras empresas não sigam este caminho. E um tópico que vai ganhando cada vez mais atenção refere-se também à taxação do comércio de moedas virtuais. O governo dos Estados Unidos, por exemplo, prepara um pacote de medidas para tributar as negociações feitas vom Bitcoin (ou outras moedas) já a partir de 2018. Clique aqui para ler em detalhes como anda essa discussão e como ela pode vir a afetar o mercado brasileiro. E aí: depois de tudo isso você acha que o Bitcoin é herói ou vilão? Aahh, e lembrando sempre que até hoje nenhum banqueiro ou agente de Wall Street foi responsabilizado pela crise de 2008; também nenhum deles foi sentenciado por lavagem de dinheiro. Não sabia disso? Pois é, não se costuma falar muito alto sobre esses temas quando eles envolvem os donos de banco, mas se você clicar aqui vai ver como o HSBC ajudou terroristas, o regime do Irã, da Síria, cartéis mexicanos, etc. a lavar MUITO dinheiro. Mostre esse link quando alguém lhe disse que Bitcoin só serve para contravenções =) Como você viu em breves pinciladas ali em cima, a característica mais marcante do Bitcoin é que as transações são totalmente anônimas, o que só é possível graças à Blockchain. É com ela que cada Bitcoin é registrado digitalmente, assim como a transação como um todo, dizendo quem foi o emissor e quem foi o receptor do valor. Essas informaçõs são públicas e podem ser vistas por qualquer um. Assim temos um documento digital que mantém o registro de todos os pagamentos feitos com a criptomoeda. Uma vez registrado a informação ali, ela nunca mais poderá ser apagada ou editada. Para autenticar essas transações e garantir que elas são válidas é que existem os mineradores, o elo mais importante na cadeia do Bitcoin. São eles que mantém o livro-caixa do Blockchain sempre atualizado e confiável. Eles fazem isso disponibilizando o poder de processamento do seu computador que farão as checagens de hash e dos dados criptografados da moeda para atestar se a transação é legítima (não me peça para explicar isso, pois trata-se de um complicado sistema de criptografia). Assim o poder regulador não é mais do Banco Central ou do Banco do Brasil, por exemplo, mas sim de um coletivo de computadores independentes que verificam e validam cada transação. Por isso que, segundo alguns, a moeda nem é o fator mais importante do próprio Bitcoin, mas sim o sistema de Blockchain que revoluciona o meio como as transações ocorrem. Uma transação que eu fiz em Bitcoin, por exemplo, está registrada e disponível no seguinte link. Repare que em nenhum momento há algo que identifique a mim ou identifique aquele a quem eu enviei o dinheiro. Tudo por segurança. Ao invés de aparecer João enviou 0.15 btc ara Maria, aparecerá 351jfRSfdfrE enviou 0.15 para g514ds5Ag5tr847s5SDF. Assim não se sabe quem gasta o dinheiro, onde se gasta o dinheiro, em qual parte do mundo ele sai e onde ele chega, etc. A transação é irrastreável e direta entre as partes. Caso você não tenha entendido antes por que esse era o sistema ideal para comprar drogas e outras coisas ilícitas na Deep Web, agora creio que não há mais dúvidas. Ok, você já viu que investir em Bitcoins é muito rentável, que eles são promissores e decidiu que quer entrar de vez nesse negócio, porém, não quer investir os mais de 17 mil reais que custa 1 unidade. Há uma saída para isso? Com certeza, você pode minerar seu próprio BTC. Como vimos, uma das grandes sacadas dessa moeda é que ela não depende de um órgão regulador que decide se irá emitie mais bitcoins ou não. Quem faz esse trabalho é eu e você que iremos "minerar" a moeda. Segundo os cálculos de Satoshi, em 2140, atingiremos o máximo de Bitcoins em circulação: 21 milhões de moedas. Este é o limite programado pelo sistema. É fixo e não pode ser alterado. Hoje temos circulando pouco mais de 16.750 milhões, ou seja, ainda há uma fortuna para ser escavada. Então vamos ver como garantir sua participação nesse bolo. Lembra que lá em cima eu disse que para ter segurança um dos pontos chaves é que as transações devem ser validadas por uma série de máquinas ao redor do mundo? Para que estas máquinas validem os cálculos elas gastam bastante processamento - lembre-se: o cálculo é complexo - e bastante energia elétrica, assim, nada mais justo do que pagar o minerador pelo seu serviço, correto? Assim a cada X verificações que um minerador faz emprestando sua máquina, uma quantia minúscula de Bitcoin é gerada e depositada em sua carteira virtual. O negócio já foi bastante rentável nos primórdios, mas como todo negócio regido pela Lei da Oferta e da Procura, hoje não compensa mais, pelo menos não para eu ou você que tem apenas um computador para fazer o serviço. Os cálculos mostram que os bitcoins gerados de maneira doméstica não são suficientes para pagar nem mesmo a energia elétrica gasta no processo. A saída é você ter um hardware customizado para mineração onde você conseguirá alcançar muito mais operações (e Bitcoins) com o mesmo uso de energia elétrica. Aí sim, é nesse momento que a coisa começa a ser rentável. Assim surgiram as famosas fazendas de Bitcoins, prédios cheeeeios de máquinas que mineram 24 horas por dia, 7 dias por semana. As maiores dela estão na China (ou estavam, pois ainda permanece o impasse do que acontecerá com as fazendas no país após o bloqueio do governo chinês, se ele atingirá as mineradoras ou só as casas de compra e venda). E é lá, escondida no nordeste da China, que se encontra um complexo secreto de 6 minas que pertencem a 4 pessoas. Elas não abrem o jogo sobre seus ganhos e custos, mas em uma das poucas vezes que o fizeram (você confere no vídeo abaixo) foi revelado que em outubro de 2014 elas mineraram mais de 4 mil Bitcoins naquele mês, o que na época valia mais de 1.5 milhão de dólares. O ambiente dentro delas é bastante insalubre: muito barulho e muito calor - por conta das milhares de estações de mineração - fazem das minas locais pouco cotados para receber o prêmio de melhor lugar da China para se trabalhar. Ficou interessado? Então confira este post com o passo a passo com tudo aquilo que você precisa saber para entrar no ramo da agricultura virtual. Neste post falaremos sobre como minerar, quais os melhores equipamentos para isso, o que é e como escolher o melhor tipo de carteira para você, se é melhor minerar sozinho em casa, minerar em grupos ou ainda comprar cotas de participação em mineradoras profissionais. Após tudo isso fica uma dúvida: Vale a pena apostar nela ainda seja comprando na baixa para vender na alta ou minerando suas próprias moedas ou ela já está tomada por grandes investidores, o que dificulta o acesso a nós meros mortais? Acho que os 2, mas se eu tivesse 1 milhão de reais hoje, eu investiria tudo em Bitcoins. Explico: Segundo analistas o Bitcoin ainda tem muito o que crescer, principalmente em países como o nosso onde os bancos cobram taxas e juros exorbitantes para movimentar um dinheiro que de toda forma JÁ É SEU. Eles cobram uma fatia grande da sua grana para não fazer nada, apenas dar um ok na transação, coisa que o BTC não cobra. Hoje o Bitcoin ainda está em tempos de garimpo e por isso seu preço é muito flutuante (mesmo fenômeno percebido caso você veja o índice de preços do ouro na época da grande mineração do Velho Oeste americano). Assim, embora ele despenque em um dia, logo ele sobe novamente e dá uma margem de lucro fabulosa àqueles que compraram na baixa. Pegando somente o gráfico da última semana a flutuação dele permitiu que aqueles ligados no mercado de moedas virtuais ganhassem mais de 4 mil e 300 dólares por btc SEM FAZER NADA. Olha só: Agora, se você tivesse comprado há pouco mais de 1 mês, olha quanto ia ter pago (lembrando que hoje está sendo vendido por pouco mais de 17 mil): E mesmo assim, segundo analistas, caso você compre pagando os 17 mil dólares em cada moeda (ou cerca de 56 mil reais) os seus lucros podem ser imensos em pouquíssimo tempo. Vamos aos fatos que apontam que o Bitcoin vai disparar no curto prazo e estabilizar em alta no longo prazo: A galera que entende do mercado (ou seja, não sou eu quem tá falando) aponta que a moeda virtual é a solução ideal para os mais de 2.5 bilhões de pessoas do planeta que não possuem conta bancária seja por não terem a oportunidade, não aceitarem as taxas e condições, etc. Quanto mais dessas pessoas utilizarem o Bitcoin, mais ele vai se enraizar nos negócios tradicionais gerando uma reação em cadeia onde mais pessoas tenderão a aposentar as antigas contas bancárias em benefício da moeda virtual e mais negócios passarão a aceitá-lo, e assim por diante. Pense bem: Você tem uma conta no banco, certo? Além deles terem todo o seu dinheiro, eles têm seu nome, seu endereço, quanto você ganha, quanto movimenta, se precisa de crédito, se recentemente comprou um carro ou casa, seu histórico de compras e pagamentos, etc. Eles sabem tudo sobre você. No Bitcoin você não existe, ou melhor, existe como rf64dszR8G489SE564vaafeDJdsAmysOa58D, um código criptografado impossível de ser rastreado e importunado, seja com uma propaganda dirigida ou uma extorsão mesmo. Outro ponto a ser levado em conta são as transferências e remessas entre países. Por exemplo: fulano resolve imigrar para os Estados Unidos onde ganhará um salário bem mais atrativo do que em seu país. Então a partir dos Estados Unidos ele começa a enviar grana para sua família que ficou no país de origem. Talvez ele seja um imigrante ilegal nos EUA e por isso engorde o número daqueles 2.5 bilhões de pessoas que não possuem conta bancária ou talvez ele apenas não queira pagar as taxas abusivas. A saída hoje para estes imigrantes é utilizar o serviço Western Union que faz remessa para praticamente todos os países do mundo, mas claro, com a famigerada taxinha. O Bitcoin tem o poder de fazer isso sem cobrar taxas, sem burocracia, sem supervisão governamental e tudo em questão de minutos. Para título de comparação: Hoje a Visa autentica cerca de 25 mil transações por segundo ao redor do planeta, o Western Union 750 e o Bitcoin apenas 7. Mas responda rápido: Qual delas tem mais chances de crescimento? O Bitcoin é atrativo, sobretudo, para nós que vivemos em uma economia não tão forte como o dólar ou o euro. Ele é mais resistente a variações estrangeiras e índices governamentais, além de ser mais "democrático". Exemplo: diferentemente de uma moeda tradicional que, na maioria das vezes, só pode ser dividida por 100 partes (1 real em 100 centavos), 1 Bitcoin pode ser dividido em 10 milhões de pedacinhos, ou seja, na prática um número sem limites. Assim você pode enviar esses pedaços (chamados de Satoshis em homenagem ao criador da moeda, assim como chamamos a divisão do real de centavos) no montante que desejar. Quer mandar 0.00000001 Bitcoin para a carteira de um amigo? Sem problemas. Assim a moeda está pronta para se expandir conforme a necessidade, o que é bom, principalmente, para os mercados emergentes como nós, onde comprar 1 btc é caro, mas 0,0005 é aceitável. Ainda acha caro comprar 0,0005? Então compre 0,000009 e assim por diante. Segundo a cotação atual, 1 centavo de dólar compra, aproximadamente 30 Satoshis, ou em outras palavras, 0.00000030 BTC A evolução do Bitcoin é bastante discutida em eventos globais que buscam organizar as diretrizes da moeda nos próximos anos. Em uma destas conveções, Wences Casares, membro do conselho de diretores do PayPal e fundador da carteira de Bitcoin Xapo fez uma previsão bastante animadora no início de 2017: Segundo ele a moeda baterá o valor de 1 milhão de dólares em 5 a 10 anos. Whoa. PayPal guy & @xapo @wences : only buy the #bitcoin you can afford... and predicts it will hit $1 million in 5-10 yrs #consensus2017 Parece exagero? Sim, mas vai saber né? E você tiver aí uns dólares sobrando vale a pena comprar uma fração e deixar esquecido na carteira. Só não vai esquecer da carteira, como alguns aí =/ Enquanto isso tem aqueles que não ligam para o papo da bolha e se apegam somente às notícias primissoraas relacionadas à moeda. Dia após dia surjem cada vez mais "loucos" que estão largando tudo por apostar na moeda. Aqui mesmo no Oficina já noticiamos casos de famílias que só vivem de Bitcoin e até de pessoas que estão vendendo suas casas para comprar tudo em moeda virtual e assim multiplicar rapidamente o capital. Segundo alguns especialistas a procura por Bitcoins já está até mesmo influenciando a busca por compra e venda de ouro (os analistas dos bancos negam, é claro). Mas é claro que uma coisa ainda é certa, hoje: se você tiver 1000 bitcoins - e teoricamente for rico por conta disso - ainda assim poderá morrer de fome caso seja largado em um país desconhecido sem nada na carteira. Bitcoins ainda são pouco aceitos como forma de pagamento no comércio, mas isso é só questão de tempo, é claro. Aqui mesmo no Brasil já existem caixas eletrônicos que trocam seus bitcoins por dinheiro vivo e lojas físicas e online que os aceitam. E se você quer entrar no ramo do investimento digital, mas acha que o Bitcoin já está fora da sua alçada e que a mineração em si não está valendo a pena, então que tal apostar em outras moedas? O Bitcoin é a mais famosa de todos, mas nem por isso quer dizer que ele é a única. Outros nomes incluem o Ethereum (cerca de 732 dólares), Litecoin (pouco mais de 321 dólares), Dash (942 dólares), Monero (pouco menos de 319 dólares), etc. Todas elas triplicaram o seu valor no espaço de 80 dias entre a criação deste post e a sua atualização na data de hoje (13/12/2017) Mas você é cético e duvida que alguma outra moeda consiga fazer tantos milionários como o BTC fez em seus primórdios? Então veja a história desse garoto com o Ethereum: Um belo dia a moeda operava na casa dos 320 dólares até que uma gigantesca venda é feita. Como as moedas virtuais operam no sistema de oferta e procura, naquele segundo milhares de Ethereuns entraram no mercado fazendo com que o seu valor caísse para cerca de 225 dólares. Imediatamente ordens de Stop loss começaram a ser disparadas (ordem automática que você configura para evitar perdas maiores. Por exemplo: fulano compra Ehtereum por 300 dólares e configura uma Stop Loss em 280 dólares: caso ele atinja esse valor uma ordem imediata de venda é disparada para que se evite maiores danos) e mais Ethereuns passam a ser jogados no mercado criando um efeito dominó em seu preço. Em instantes 1 Ethereum estava sendo cotado em 10 centavos de dólar. Pois bem, mas o que é desgraça para uns pode ser a vitória para outros. Assim, na outra ponta estava um usuário sem muito capital para investir que tinha programado uma compra automática no valor de 380 dólares em Ethereum quando o valor da moeda ficasse baixinho. Assim, quando o valor de 10 centavos por moeda foi atingido, seus 380 dólares compraram nada mais nada menos do que 3.800 Ethereuns. Pois bem, vida que segue e em minutos o mercado se reestabelece voltando a vender a moeda a mais de 300 dólares. Resultado: Em minutos ele(a) transformou 380 dólares em mais de 1 milhão e 100 mil dólares. Quando se fala em Bitcoin, 2 argumentos do pessoal contrário à moeda logo surgem na discussão: Que ele vai ser usado para o mal e que ele não existe, logo não tem valor algum. Quanto ao 1º comentário, acho desnecessário rebater. É certo que o Bitcoin deve muito do que é hoje aos negócios obscuros que rolavam no Silk Road, mas e daí? As armas e drogas que se vendem hoje em dia são pagas como? Com abraços? Não, com euros, dólar, real, etc. O problema não é a moeda. Não deixem que eles façam você acreditar que ser anônimo é uma coisa ruim. Quanto ao segundo argumento dá pra alongar alguns parágrafos: Responda o que faz a sua nota de 100 reais valer 100 reais e a nota de 2 reias valer 2 reais? Por que você pode comprar bem mais coisas com a primeira do que com a segunda? Certamente não é a cor dela ou o animalzinho que está impresso ali atrás. Genericamente uma nota é um pedaço de papel pintado, certo? Então o que é que garante o valor de um papel? Chama-se lastro. Lastro é a garantia de uma economia. É o que garante que os X bilhões de reais em circulação no país realmente valhem X bilhões de reais "fisicamente". Antigamente era medido pelo volume de ouro que um país possuía, hoje é calculado pela soma de todos os patrimônios como reservas de petróleo, minérios, etc. Por exemplo: Esqueça a questão de inflação e suponha apenas que o Brasil vai imprimir 100 milhões amanhã para colocar na rua. Se o país não tiver algo que valha estes 100 milhões para lastrear a impressão do dinheiro, ele não terá efeito. Será um papel vazio; sem valor. Agora depois disso tudo, o que garante o valor do seu real? Será que se você fosse no Banco Central ele ia te dar um punhadinho de ouro pela suas notas? Parece conversa de louco, mas é só pra dizer que todas as economias - a não ser que você seja o Sílvio Santos e trabalhe diretamente com barras de ouro que valem mais do que real - estão baseadas em um senso mútuo de confiança. Portanto, o Bitcoin, na pior das hipóteses está no mesmo patamar do real: confiança. E você tem alguma experiênica com Bitcoin? Eu fiz uma compra no valor de 60 dólares quando 1 unidade da moeda estava sendo vendida a 444 dólares. Pena não ter deixado esse montante guardado, pois hoje valeria quase 2.300 dólares. Compartilhe com a gente suas experiências nos comentários. E para saber mais, além das fontes e leituras adicionais no final deste texto, clique aqui e depois aqui caso você seja um entusiasta dos gráficos e estatísticas. Fontes e leituras adicionais: Aqui, outra aqui, milhares de fontes, rei das fontes, mais uma, olha essa aqui que é tri boa, a melhor de todas é essa, e essa também, essa é boa é de assistir, fontes infinitas, nossa muitas fontes, não aguento maaaais, huuum, só mais uma, mentira, aaaaaaaaa, heeeeey, agora acabou.
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