O governo dos Estados Unidos, com a finalidade de evitar que a bateria de um notebook entre em combustão ao ser submetida às altas temperaturas possíveis na área de carga dos aviões, criou uma proposta para que tais aparelhos não sejam mais despachados em bagagens durante os voos internacionais.
A ideia partiu da Federal Aviation Administration (FAA), órgão semelhante a Infraero do Brasil, que no ano passado também foi responsável pela proibição do Galaxy Note 7 durante os voos, por questões de segurança.
A preocupação atual está associada ao risco de incêndios e explosões que as máquinas podem ocasionar, caso fiquem associados a outros produtos infláveis dentro das malas, como aerossóis, xampus secos e até isqueiros.
Para comprovar o perigo envolvido, a agência realizou dez testes. Ela reuniu uma bateria de lítio em combustão com outros produtos, como removedores de esmalte, álcool etílico e ainda desinfetante para as mãos. Todos eles causaram incêndio, além disso, o xampu seco gerou uma explosão que não pode ser contida pelos sistemas antifogo dos aviões comerciais.
A recente proposta foi apresentada à ONU, que deverá analisá-la nas próximas semanas, através de um comitê de normas globais de aviação. Caso a proibição de notebooks seja aprovada, ela ainda deverá passar por processos de regulação local em cada um dos países. Os funcionários dos aeroportos também deverão passar por algum tipo de treinamento.
No Brasil, por exemplo, apenas é necessário que os dispositivos sejam retirados de dentro de bagagens de mão no momento da passagem pelo raio-x. Eles podem ser transportados tanto na cabine bem como nas bagagens despachadas.
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