Após 16 dias de paralisação, os trabalhadores dos Correios decidiram encerrar a greve na última quinta-feira (22). O fim do movimento foi alcançado após mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que ajudou a construir um acordo entre a estatal e os funcionários. Para isso, o acordo envolveu a antecipação de alguns benefícios e também o reajuste solicitado.
Qual foi o acordo para o fim da greve?
No acordo, os Correios se comprometeram a antecipar a primeira parcela do "vale-peru" de R$ 1.000, que será incluída na folha de pagamento de setembro. A segunda parcela, no valor de R$ 1.500, será paga até o quinto dia útil de janeiro de 2025. Além disso, a empresa ofereceu um reajuste salarial de R$ 260 para os funcionários que ganham até R$ 6.326 em valor bruto. Para aqueles que recebem acima desse valor, o aumento será de 4,11%, a partir de janeiro de 2025.
Um ponto importante do acordo é que não haverá desconto nos salários dos dias em que os trabalhadores estiveram em greve. No entanto, a categoria deverá compensar as horas não trabalhadas para que o serviço acumulado seja normalizado.
Apesar de o acordo resolver a maioria das questões, ainda ficou pendente o debate sobre o desconto da coparticipação do plano de saúde, uma das principais reivindicações dos trabalhadores. Os Correios, o TST e a categoria têm um prazo de 60 dias para estudar e apresentar uma solução definitiva para esse tema.
Com a normalização dos serviços, a expectativa é que as entregas e demais atividades dos Correios voltem ao ritmo habitual nos próximos dias.
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