O horário de verão, extinto em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro, pode voltar a ser uma realidade no Brasil. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo irá tomar uma decisão sobre o assunto em uma reunião marcada para a próxima terça-feira, dia 15 de outubro, que contará com a participação do presidente Lula e de equipes técnicas do setor energético.
Se for voltar, tem que ser agora
Silveira destacou que o período de maior relevância para a aplicação do horário de verão no Brasil vai de 15 de outubro a 30 de novembro, sendo um mecanismo importante para reduzir o consumo de energia durante os horários de pico. O ministro reforçou que o retorno da medida não deve ser tratado como uma "questão ideológica", mas sim de forma técnica, considerando o impacto positivo na gestão energética do país.
O ministro ressaltou que o Brasil conta com energias firmes, como as geradas por grandes hidrelétricas, para sustentar o sistema elétrico. Projetos como as usinas de Belo Monte e Santo Antônio, iniciados nos primeiros mandatos de Lula, foram essenciais para garantir a segurança energética do país.
Se não fossem elas, dependeríamos muito mais das térmicas, o que custaria muito mais caro", explicou Silveira.
Ainda assim, ele reforçou que a volta do horário de verão ajudaria a reduzir a necessidade de acionar essas usinas térmicas, que têm um custo de operação mais elevado. A medida permitiria uma economia significativa, especialmente em momentos de maior demanda energética.
Se aprovado, quando vai voltar o horário de verão?
Caso o governo opte pelo retorno do horário de verão, Silveira mencionou que a implementação deverá ser rápida para que os setores afetados, como o de aviação e a segurança pública, possam se planejar. Segundo ele, se a decisão for favorável, será necessário um prazo de, no mínimo, 20 dias para que as áreas envolvidas se adaptem.
O ministro também afirmou que o governo está se preparando para garantir que ninguém seja pego de surpresa.
Tudo está sendo estudado com a área técnica para que haja um planejamento adequado", comentou.
Assim, a reunião da próxima terça-feira será decisiva. Silveira adiantou que o debate será focado no aspecto técnico e que, caso haja qualquer risco de desabastecimento energético, o retorno do horário de verão será inevitável.
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