O WhatsApp bloqueou o canal do ex-presidente Jair Bolsonaro por supostamente compartilhar apoio a grupos terroristas e discurso de ódio, violando as diretrizes da plataforma. Em sua conta no X (antigo Twitter), o ex-presidente informou que o seu canal deixou de ser listado pelo mensageiro e que sequer permitia a entrada de novos seguidores.
Canal de Bolsonaro é bloqueado pelo WhatsApp
Na manhã da última segunda-feira (20), o canal do ex-presidente havia compartilhado um vídeo em que mostra três mulheres israelenses que eram mantidas reféns pelo Hamas, na Faixa de Gaza, e foram libertadas como parte do acordo de cessar-fogo entre o grupo armado e o governo de Israel.
A legenda do vídeo dizia: "Três mulheres inocentes, mantidas reféns durante 471 dias por selvagens, correm aterrorizadas para o veículo da Cruz Vermelha - rodeadas por assassinos e estupradores armados e mascarados que as atacam".
- Acabamos de receber mais uma estranha notícia de que nosso canal do WhatsApp está bloqueado para entrada de novos seguidores, pois a empresa declara nota sobre a última publicação: "Essa atualização viola nossas Diretrizes dos Canais sobre apoio a indivíduos ou grupos… pic.twitter.com/OPghvJSJKt
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 21, 2025
No X, o ex-presidente informou sobre o bloqueio do canal, citando a nota enviada pelo WhatsApp sobre a última publicação: "Essa atualização viola nossas Diretrizes dos Canais sobre apoio a indivíduos ou grupos terroristas, criminosos ou que endossam discurso de ódio".
Após a reclamação pública de Bolsonaro ganhar repercussão na plataforma e na imprensa, o WhatsApp reestabeleceu o canal do ex-presidente, mas a Meta não deu mais detalhes sobre o assunto.
Apoiadores criticam política da Meta
Nos comentários da publicação de Jair Bolsonaro no X, diversos apoiadores do ex-presidente criticaram o dono da Meta, Mark Zuckerberg, devido às políticas de moderação de conteúdo que levaram ao bloqueio do canal.
"Zuckerberg ainda não mudou nada, pelo visto", comentou um seguidor. Outra resposta à publicação diz que o bilionário "arregou nos EUA para sobreviver, mas é woke (termo associado pejorativamente à esquerda americana) comunistinha".