O WhatsApp bloqueou o canal do ex-presidente Jair Bolsonaro por supostamente compartilhar apoio a grupos terroristas e discurso de ódio, violando as diretrizes da plataforma. Em sua conta no X (antigo Twitter), o ex-presidente informou que o seu canal deixou de ser listado pelo mensageiro e que sequer permitia a entrada de novos seguidores.

Canal de Bolsonaro é bloqueado pelo WhatsApp

Na manhã da última segunda-feira (20), o canal do ex-presidente havia compartilhado um vídeo em que mostra três mulheres israelenses que eram mantidas reféns pelo Hamas, na Faixa de Gaza, e foram libertadas como parte do acordo de cessar-fogo entre o grupo armado e o governo de Israel.

A legenda do vídeo dizia: "Três mulheres inocentes, mantidas reféns durante 471 dias por selvagens, correm aterrorizadas para o veículo da Cruz Vermelha - rodeadas por assassinos e estupradores armados e mascarados que as atacam".

No X, o ex-presidente informou sobre o bloqueio do canal, citando a nota enviada pelo WhatsApp sobre a última publicação: "Essa atualização viola nossas Diretrizes dos Canais sobre apoio a indivíduos ou grupos terroristas, criminosos ou que endossam discurso de ódio".

Após a reclamação pública de Bolsonaro ganhar repercussão na plataforma e na imprensa, o WhatsApp reestabeleceu o canal do ex-presidente, mas a Meta não deu mais detalhes sobre o assunto.

Apoiadores criticam política da Meta

Nos comentários da publicação de Jair Bolsonaro no X, diversos apoiadores do ex-presidente criticaram o dono da Meta, Mark Zuckerberg, devido às políticas de moderação de conteúdo que levaram ao bloqueio do canal.

"Zuckerberg ainda não mudou nada, pelo visto", comentou um seguidor. Outra resposta à publicação diz que o bilionário "arregou nos EUA para sobreviver, mas é woke (termo associado pejorativamente à esquerda americana) comunistinha".

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