O cadastro de íris feito pela empresa World foi suspenso novamente no Brasil após um pedido da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). A medida ocorre pouco tempo depois da retomada do serviço em janeiro, quando um recurso movido pela empresa foi negado. Agora, a polêmica volta à tona com questões sobre a legalidade e segurança da coleta de dados biométricos.

Resumo do que você precisa saber ⏳

  1. Cadastro de íris da World foi suspenso novamente por decisão da ANPD.
  2. ANPD teme que pagamento em criptomoedas afete o consentimento dos usuários.
  3. Empresa alega que está em conformidade com a lei e diz que a suspensão é temporária e voluntária.

Por que a ANPD está tão preocupada?

A ANPD argumenta que pagar usuários em worldcoins (a criptomoeda da empresa) em troca da digitalização da íris pode comprometer a transparência e influenciar a obtenção de consentimento livre e informado. Além disso, a agência determinou que a empresa Tools for Humanity (TfH), responsável pelo serviço, especifique claramente em seu site oficial quem responde pelo tratamento dos dados pessoais.

A TfH rebateu as preocupações e garantiu que a coleta de dados biométricos segue as leis brasileiras. Em nota, afirmou que a suspensão é temporária e voluntária, mas não informou uma previsão para a retomada do cadastramento.

Até agora, mais de 400 mil brasileiros já digitalizaram suas íris nos estandes da empresa. Os participantes receberam 25 worldcoins, equivalentes a cerca de R$ 190, e aqueles que mantiverem o aplicativo por um ano podem resgatar um total de 48,5 worldcoins. A World defende que seu objetivo é criar um sistema seguro de identificação digital para diferenciar humanos de robôs na internet.

Por enquanto, a suspensão permanece, e a empresa precisa cumprir as exigências da ANPD antes de retomar suas atividades no Brasil.

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