Se você pensou que a NASA estava pensando longe ao dizer que ela iria colocar pessoas em Marte na década de 2030, você ainda não sabe de nada. Segundo o site New Scientist, uma equipe do Jet Propulsion Laboratory da órgão começou a estudar planejar uma missão que que tem como missão enviar uma nave espacial para o sistema Alpha Centauri em ... 2069.
Sim, daqui 52 anos, tudo cronometrado para que ela parta mais ou menos nas proximidades do 100º aniversário da Apollo 11, a nossa primeira viagem para a Lua. A sonda procuraria sinais de vida em torno do exoplaneta Proxima b, potencialmente habitável. A NASA acha que já está na hora de começarmos a descobrir mais sobre o que nos rodeia de longe e não apenas sobre nossa casa e arredores.
A ideia é ótima, mas então por que a longa espera? Por um simples motivo: a tecnologia para fazer esta viagem acontecer ainda não existe. O JPL está contando que em 50 anos a tecnologia de propulsão vai ter avançado até o ponto em que o fato possa ser alcançado. O medo da NASA é um só: distância. Alpha Centauri fica a cerca de 4,4 anos-luz de distância, ou seja, 37,842,921,890,323.2 quilômetros de nós (37 TRILHÕES....). Para você ter noção da grandeza do trilhão, 1 trilhão de segundos equivale a 32 mil anos...
Hoje, o recorde de velocidade é da sonda New Horizons que alcançou 58 mil quilômetros por hora. Mais de 1 volta completa ao redor da Terra por hora. Muito rápido, certo? Pois é, mas nessa velocidade levaríamos mais de (prepare-se) 652 MILHÕES DE ANOS em órbita.... Ah, e Alpha Centauri é a estrela mais próxima de nós. Mais rápido do que isso só quando o EmDrive ficar pronto
NASA sabe disso, e por esse motivo é que a operação foi planejada para daqui 5 décadas. Até lá eles imaginam que já tenhamos conseguido alcançar uma tecnologia suficiente para viajar a um décimo da velocidade da luz. Como sabemos, tal velocidade (a da luz) é de cerca de 300 mil quilômetros por segundo, ou seja, pouco mais de 1 bilhão de quilômetros por hora. Logo, se alcançarmos os desejados 10% dessa velocidade faríamos mais de 100 milhões de kms por hora, o que reduziria nossa viagem até a estrela para "apenas" 44 anos.
A parte triste disso tudo é que nem eu nem você (nem mesmo nossos filhos) vamos viver o suficiente para ver a sonda pousar no destino. Se a missão seguir o cronograma à risca e a nave for lançada em 2069 ela não alcançaria o sistema antes de 2113. Para piorar, some a isto mais 4,4 anos que seria o tempo necessário para que os dados enviados por ela pudessem retornar à Terra. Tudo isso, é claro, na melhor das hipóteses.
Para os mais apressados (e otimistas), a iniciativa chamada de Breakthrough Starshot espera lançar uma pequena sonda que partiria muito mais cedo e viajaria muito mais rápido, chegando cerca de 20 anos à estrela. Liderada por Stephen Hawking (e auxiliada pela própria NASA) esta missão de 2069 talves se pudesse pairar no ar como um backup caso a Starshot não funcionar, ou até mesmo uma parceria para estudar o universo ainda em maior profundidade.
Stephen Hawking, aliás, parece estar mesmo em busca de uma saída deste planeta. Segundo ele devemos nos mudar o quanto antes, em no máximo 100 anos, quando esgotaríamos totalmente a Terra.
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