Milhões de espécies já passaram por este planeta, tanto fauna como flora. Após bilhões de anos de evolução, hoje, somente uma pequena parcela ainda existe. Tudo normal até aí, afinal viver é se adaptar e espécies estão indo e vindo o tempo todo.
Algumas surgem por motivos específicos de necessidade de adaptação, enquanto que outras desaparecem por incapacidade de sobreviver às mesmas mudanças. Estima-se que para cada espécie viva hoje em dia, centenas de outras espécies pereceram na luta pela sobrevivência.
Mas nem todas desapareceram por culpa de lentos procedimentos evolutivos, que é como funciona, normalmente, a evolução das espécies. Algumas tiveram um fim mais brusco; tiveram sua descendência ceifada por um episódio em particular, seja um vulcão ou um meteoro, como os dinossauros, para citar o caso mais famoso de todos. Estes episódios são chamados de extinções em massa e já tivemos 5 delas. Inclusive, por muito pouco um ancestral comum dos mamíferos (e, consequentemente, nosso avô de milhares de gerações atrás) não foi extinto em uma delas.
Se algum ancestral nosso tivesse sido perdido em algum ponto dessa evolução de mais de 4 bilhões de anos a coisa seria bem diferente. Poderíamos ser desde um ser unicelular recomeçando o processo evolucionário ou um pequeno roedor espreitando pelo mato atrás de alimentos.
Enfim, isso não aconteceu e não houve tragédia (pelo menos para nós), mas nem por isso que a história das extinções não dá um post bacana. Duvida? Então continue a leitura; mas primeiro vamos começar com um breve resumo sobre esse lance de evoluir.
Entendendo a evolução
Há uns 200 anos atrás era uma confusão: ninguém sabia como tínhamos chegado por aqui. Uma galera acreditava em Deus, mas outra galera precisava encontrar uma resposta que não envolvesse o sobrenatural (os humanistas já estavam por aí negando as intervenções divinas). Foi então que um inglês de 22 anos entrou em um navio chamado HMS Beagle, em 1831, a bordo de uma missão botânica que circundou o mundo e passou por 4 continentes e uns quantos países e ilhas durante 5 anos.
No decorrer deste tempo ele fez milhares de observações, desenhos e anotações. E aquilo que ele viu, ouviu e anotou ficaria em sua cabeça por anos; mais precisamente por 23 anos após o seu retorno ao Reino Unido e o fim da exploração. Em 1859 foi publicada originalmente a obra A Origem das Espécies, escrito por Charles Darwin, pai do evolucionismo.
Talvez você esteja lembrando, neste momento, que outros caras já tivessem pensado a respeito da evolução, como Lamarck, que havia proposto uma teoria simplificada da evolução; mas Darwin foi o responsável por revolucionar a ciência. Foi ele que percebeu, por exemplo, que em um arquipélago de ilhas próximas, mais precisamente nas ilhas de Galápagos, existia a mesma espécie de pássaro, porém, em cada uma destas ilhas eles agiam de uma maneira diferente; e mais, seus corpos estavam se alterando para que, a cada geração de pássaros que nascesse, eles ficassem mais preparados às particularidades de cada ilha em questão.
Assim, dali algumas centenas de reproduções, milhares talvez, aqueles pássaros tornar-se-iam espécies diferentes: ELES ESTAVAM EVOLUINDO por conta do meio no qual estavam inseridos.
Assim Darwin se ligou em uma coisa: todas as espécies que estavam à sua volta, fossem elas animais ou plantas, tinham evoluído de um ancestral comum; elas não estavam ali porque algum ser superior as colocou ali. Suas diferenças eram fruto apenas do seu meio. A partir de então foi só ligar alguns pontos: macacos, humanos, fechou.
Darwin concluiu que a vida e todos que estavam por aqui eram resultado de um processo evolutivo que nunca acaba. Viver é se adaptar aos problemas que aparecem e aqueles que não se adaptam acabam desaparecendo. É a famosa lei do mais forte, ou sobrevivência do mais apto, para deixar em termos um pouco mais científicos.
De quebra, a teoria da evolução era ainda mais surpreendente porque respondia uma outra dúvida que deixava o pessoal maluco: FÓSSEIS, e mais: fósseis gigantes!! Como ninguém nunca havia visto um dinossauro andando por aí, não podiam imaginar que aqueles fósseis podiam ser de uma espécie que já não existisse mais. O passado era um grande ponto de interrogação. E as teorias que explicavam os mesmos eram as mais malucas possíveis. Havia até mesmo quem os relacionassem a algum povo de gigantes, já que a bíblia - fonte preferida para toda e qualquer dúvida existencial da humanidade - falava em uma raça de humanos grandões em algumas passagens.
A única coisa que a Teoria de Darwin não tinha como prever era que, em alguns momentos, episódios inesperados poderiam acontecer e acabar com essa linha evolutiva bonitinha e regrada, assim como aconteceu com os próprios dinossauros.
E com esse belo gancho chegamos ao ponto de partida deste post: os eventos de extinção em massa.
Extinção do Ordoviciano
Embora tenhamos em mente que as extinções em massa são coisas rápidas (por causa do meteoro e dos dinos), este evento se estendeu por nada mais nada menos do que 10 milhões de anos, mas exatamente pelo período que compreende de 450 a 440 milhões de anos atrás.
Essa foi a segunda maior extinção de vida marinha já identificada (a primeira é a do Permiano e vamos chegar nela daqui a pouco) e quando eu digo vida marinha em um planeta Terra de 450 milhões de anos atrás estou dizendo, toda a vida na Terra, já que, nessa época, as formas de vida conhecidas se concentravam totalmente sob a água.
No evento, 60% de todos os invertebrados marinhos foram extintos e a causa parece ter sido uma só: a glaciação das águas. Sobre o processo final parece não haver dúvidas: houve o esfriamento do planeta, que levou ao congelamento das águas, que levou à diminuição do nível do mar, que levou à diminuição do habitat natural dos seres vivos da época e aí não deu outra: Sobreviveu o mais apto e mais forte.
Agora, o porquê de o planeta ter esfriado, daí temos várias teorias.
Uma delas diz que foi por causa do continente chamado Gondwana que acabou indo mais para o sul, aproximou-se da região polar, esfriou o planeta, etc. etc. Para quem não lembra desse continente aqui vai uma breve explicação: Sabe a Pangeia? Pois é, antes dela havia dois blocos de Terra chamados Gondwana e Laurásia. Seriam estes dois que se juntariam dali alguns milhões de anos para formar o megacontinente.
Outra possível explicação vem da intensa atividade vulcânica que existia na época e gerava muita fumaça e gases pesados. Ao se acumularem estes gases causaram um escurecimento da atmosfera; menos luz do sol entrando corresponde a um efeito estufa, à redução da fotossíntese, à destruição das cadeias alimentares e até na falta de oxigênio.
E essas são apenas duas teorias; tem ainda a explosão de raios gama, a de envenenamento da água por metais pesados, entre outras. Definir algo concreto sobre o período ordoviciano é muito complicado, pois, além da distância temporal há de se levar em conta que a água preserva bem menos os seus fósseis do que aqueles que ficam na terra.
Extinção do Devoniano Superior
Considerada a terceira maior das extinções em massa, acabou com algo entre 70% e 83% da vida marinha existente há cerca de 370 ~ 360 milhões de anos atrás, durante um período que pode ser bastante curto ou bastante abrangente, dependendo da fonte que você consultar: de 500 mil a 25 milhões de anos. Ahh, e também não se tem certeza se a extinção do Devoniano se trata apenas de um evento maior ou um aglomerado de pequenos movimentos de extinção que se agrupam num longo prazo.
A essa altura os peixes já não estavam mais sozinhos no planeta: além deles havia as plantas, os insetos e os anfíbios que já andavam pela terra, além de enormes recifes formados pelos corais. Estranho de se notar, no entanto, que não existem muitos registros fósseis de vertebrados terrestres, mesmo que esse seja o período em que eles estivessem tomando os ambientes de terra seca.
A extinção parece ter afetado apenas a vida marinha, mas isso não significa que tinha sido pouca coisa não: cerca de 70% a 83% destas espécies sumiram! A pegada foi tão feia que os organismos construtores de recifes foram quase completamente exterminados, de modo que os recifes de coral só voltariam a surgir na era Mesozóica, no mínimo, 120 milhões de anos depois.
As hipóteses mais notáveis do que podem ter causado essa extinção apontam para uma nova mudança no nível do mar e a falta de oxigênio nas águas, possivelmente desencadeadas por esfriamento global e atividade vulcânica oceânica. Até mesmo o choque de um meteorito é apontado como uma provável causa. Quem dá pano para essa manga é a Siljan Ring, uma cratera de 52 quilômetros de extensão localizada na Suécia decorrente de um impacto de mais ou menos 377 milhões de anos. O que enfraquece a teoria do meteorito é que a extinção não parece ter sido um evento súbito, característico de um acontecimento dessa magnitude.
Extinção do Permiano
Lembra dos continentes Gondwana e Laurásia que falamos há pouco? Pois bem, na era Permiana, finalmente eles se uniram e, já no final do período, estava formado o famoso supercontinente conhecido como Pangeia. Com uma grande massa de terra rodeada de água, os animais podiam ir de um lado para o outro e se espalhar por onde quisessem.
Havia muitos tipos de répteis e anfíbios em terra, junto com muitas plantas, especialmente samambaias, mas também as coníferas. Havia também complexas comunidades de recifes de coral submarinos. Ou seja, o mundo nunca estivera tão povoado, fosse em números ou em diversidade.
E quanto maior a altura, maior a queda. Assim, essa extinção acontecida há 251 milhões de anos foi realmente brutal. Na verdade, foi a maior extinção em massa pela qual já passou o nosso planeta. Alguns cientistas estimam que até 95% de todas as espécies marinhas e 70% das espécies sobre a terra tenham sido apagadas do mapa!
A extinção foi tão violenta que alguns locais ficaram completamente sem vida. Demorou cerca de 50 milhões de anos para a vida na Terra recuperar totalmente a sua biodiversidade, com o surgimento das primeiras espécies de dinossauros, inclusive. No mar, os recifes de coral não reapareceriam em menos de 10 milhões de anos após a extinção do Permiano, e a recuperação total da vida marinha levaria cerca de 100 milhões de anos.
As causas permaneceram um mistério por um bom tempo, até que um estudo mais detalhado realizado por um grupo de geólogos norte-americanos, e publicado em 2017 pela revista Nature, mostra que dois supervulcões na Sibéria (e não apenas uma como se suspeitava) e em datas geologicamente coincidentes foram as responsáveis por tudo.
Abaixo uma representação de como seria o leito marinho perto da China antes e depois do evento:
A erupção do primeiro deles cobriu a maior parte da região com derramamentos de magma enquanto que a atividade vulcânica do segundo, acontecida uns 100 mil anos mais tarde, na bacia do rio Tunguska, foi a responsável por matar a maior parte da vida na Terra. Ao subir à superfície, o magma que se acumulou formou uma espécie de lago subterrâneo 50 vezes maior que o lago Baikal, o maior lago do mundo, hoje.
Este lago então aqueceu as camadas sedimentares que tinham se acumulado na erupção anterior, o que durante muito tempo provocou a constante liberação para a atmosfera de enormes quantidades de CO2, metano e outros gases de efeito estufa. Quando as erupções cessaram, após 2 milhões de anos mais ou menos, a Terra estava 10 graus mais quente e somente os polos geográficos seriam possíveis de abrigar vida.
A região, chamada hoje de "Siberian Traps" chegou a preencher com lava basáltica, em seu auge, uma área de nada mais nada menos do que 7 milhões de quilômetros quadrados - como comparação, o Brasil tem 8.5 milhões. E não pense também que era qualquer 1 ou 2 centímetros de lava, não, mas sim algo entre 1 e 4 milhões de quilômetros cúbicos de lava enrijecida. Detalhe final: Esse evento é o maior acontecimento vulcânico dos últimos 500 milhões de anos (MEIO BILHÃO DE ANOS).
Além disso há indícios bastante plausíveis de que subsequentes quedas de meteoritos tenham ajudado o processo de extinção. A Cratera da Terra de Wilkes, formada há 250 milhões de anos e que mede míseros 480 km de extensão, na Antártida é uma possível candidata; assim como a brasileiríssima Cratera de Araguainha, de 40km de diâmetro, que fica na divisa entre os estados do Mato Grosso e Goiás e foi formada há 247 milhões de anos.
Constuma-se dizer sobre este evento que a vida regrediu 300 milhões de anos. O que é pouco se pensarmos em um episódio como esse em que mais de 90% de toda a vida no planeta desapareceu. Por pouco não tivemos que reiniciar o processo evolucionário, mas se isso tivesse acontecido seríamos, agora, seres unicelulares flutuando pela água, no máximo.
Extinção do Triássico
Há 201 milhões de anos, no final do Triássico, quando ocorreu a 4ª grande extinção em massa a biodiversidade também não havia se recuperado completamente. É verdade que havia novamente uma variedade de répteis na terra e no mar, mas os répteis eram completamente diferentes daqueles no final do Permiano.
O mundo estava bem diferente para falar a verdade. Não havia predadores verdadeiramente grandes pelo planeta; quanto à flora havia as coníferas primitivas, mas as samambaias ainda não eram tão dominantes quanto antes. Havia também os sapos, os lagartos e até os primeiros mamíferos rudimentares. Acontecida apenas 50 milhões de anos depois da extinção do Permiano, o mundo ainda não tinha tido tempo para se reconfigur e criar novos grandes animais e árvores).
A extinção no final do Triássico acabou com cerca de 20% de todas as famílias marinhas, muitos répteis e o último dos grandes anfíbios que se tem notícia. Esta sucessão de fatores abriu caminho para que um tipo de animal específico pudesse se desenvolver e dominar o mundo no período seguinte: os dinossauros.
A causa dessa extinção permanece obscura. Alguns falam em mudança no clima e no nível dos oceanos (mas isso não explica as extinções massivas nos animais marinhos); outros falam em asteroide (mas nenhuma cratera da época foi encontrada até hoje); enquanto que outros falam em vulcanismo.
A mais aceita permanece sendo a última delas. Aliás, aconteceu nesta época a formação da Província de Magma do Atlântico Central, naquele que é considerado o maior evento ígneo da região e um dos maiores da história da Terra. As erupções levaram ao desmembramento do supercontinente Pangeia em Laurásia e Gondwana, novamente; e, embora não esteja bem claro como, este processo pode ter acarretado a extinção. O evento do Triássico permanece como o mais misterioso de todas.
Extinção do Cretáceo
O Cretáceo veio logo após o jurássico, auge dos dinos, e neste período eles ainda não tinham perdido sua dominância. Mas nem só de dinossauros vivia o Cretáceo. Neste cenário temos também uma variada flora na terra, muitos novos insetos aproveitando as plantas floridas cada vez maiores e também o surgimento dos primeiros peixes modernos. Os continentes também estavam começando a tomar a forma pela qual os conhecemos hoje.
Assim, é neste cenário que chega o famoso meteoro. Acontecido há 65 milhões de anos, o evento fez com que todos os dinossauros morressem, assim como muitas espécies de plantas e peixes, se não no impacto nos dias escuros e sem sol que se seguiram.
Curioso que quando pensemos em extinções, logo vem na nossa cabeça a imagem do meteoro chocando-se com a Terra e dos dinossauros sendo apagados do mapa de uma vez por todas. No nosso imaginário a extinção do Cretáceo sempre aparece como o exemplo máximo, como a mais devastadora e cruel de todas, porém, a extinção "KT", como é chamada muitas vezes, foi a menor das cinco grandes extinções em massa.
Mesmo sendo a menor ela é importantíssima para eu e você, porque levou ao surgimento dos mamíferos modernos e, por consequência, nós. Como explicado acima, muitos cientistas acreditam que esta extinção foi devido ao impacto que formou a cratera encontrada em Chicxulub, na Península de Yucatan, no México. Mas essa não é a única teoria; alguns cientistas apostam em enormes erupções vulcânicas que formaram os leitos de lava na Índia, conhecidos como "Deccan Traps".
De qualquer forma, sabemos que levaria pelo menos 10 milhões de anos para a biodiversidade se recuperar dessa extinção em massa.
Extinção do Holoceno
Não, você não leu errado lá no início e eu não contei errado também. Temos cinco grandes extinções, como pode ser visto há pouco, porém alguns cientistas e ambientalistas defendem que estamos, neste momento, passando pela sexta.
O motivo, como você deve ter notado, não são asteroides caindo, rios de lava ou falta de oxigênio, mas sim o predatorismo de uma espécie em particular: o ser humano.
Estamos vivendo no Pleistoceno, era que começou há cerca de 1,8 milhão de anos, marcada por uma alternância entre eras glaciais e períodos mais quentes. A mais recente dessas eras glaciais terminou cerca de 8000 anos atrás, exatamente quando o Homo sapiens estava começando a realmente dominar o planeta. Antes disso, há cerca de 11 mil anos, começou o mais recente período de extinções. Na ocasião a maioria dos grandes mamíferos foi extinta: mamutes, tigres-de-sabre, lobos malvados e preguiçosos do tamanho de elefantes e assim por diante.
De lá para cá o número de espécies destruídas só aumentou até chegar ao homem moderno. Pense que agora matamos diretamente (caça, alimentação) como indiretamente (destruição de habitats, uso de agrotóxicos). Nunca acabamos com tantas espécies como hoje.
E olha que o número exato do nosso impacto é difícil de mensurar já que a grande maioria das espécies existentes nem mesmo chegou a ser catalogada; assim, tudo o que temos são limites inferiores. Pegando as espécies mais bonitinhas e que temos maior atenção (mamíferos, pássaros e árvores, por exemplo) os números são, no máximo, perto de serem precisos, porém, estas espécies representam uma pequena fração de tudo que está lá fora.
Assim, contando apenas com as espécies catalogadas e que foram extintas, na MELHOR DAS HIPÓTESES, temos o seguinte gráfico:
Mas repito: Esse gráfico só contempla as espécies "importantes demais" para serem monitoradas. Agora amplie o escopo, diminua o zoom e pense, por exemplo, nos pequenos insetos que ainda não foram catalogados e somem por conta do uso de venenos em plantações, ou as dezenas de pequenas comunidades que são queimadas junto com imensas áreas da floresta amazônica transformadas em pastagem ou lavouras de soja.
Em 2006 os biólogos estimavam que uma espécie era extinta a cada 20 minutos, e que metade das espécies de aves e mamíferos teria desaparecido em um período de 200 a 300 anos. Em 2001 Richard Leakey estimava uma perda entre 50.000 e 100.000 espécies por ano, e que esta taxa foi alta comparada com até mesmo com a taxa das cinco grandes extinções em massa que vimos há pouco.
Mas e o número total? Bom, é difícil precisar, mas o famoso paleontólogo Michael Benton estima que haja algo entre 20 e 100 milhões de espécies no mundo, e que a taxa de extinção (no início dos anos 2000) fazia desaparecer entre 5.000 e 25.000 espécies por ano. Segundo minha calculadora isso significa que entre 14 e 70 espécies são eliminadas por dia!!
Mas você deve ter reparado que os números são todos de mais de 10 anos atrás, certo? E se atualizarmos esses números? Você acha que a taxa piorou ou melhorou? Algumas dicas para pesar na decisão: Abelhas estão desaparecendo, pesca predatória já acabou com quase todos os cardumes de peixes grandes (atum, bacalhau, etc.), curandeirismo está coloca em risco de extinção animais com rinocerontes (pelos chifres), tubarões (pelas barbatanas), elefantes (pelas presas), baleias (pelo óleo), etc.
Não sei mais o que dizer. A coisa tá feia e eu tô puto. Fim do texto, comenta aí embaixo. LulaLivre
Para saber mais: Universidade de Riverside, Science Advances, Cosmos Magazine,