Na segunda-feira, 6 de janeiro, foi anunciado pela NASA a descoberta de um novo planeta que muito se assemelha a Terra. Seu tamanho e distância da estrela a qual orbita dá as primeiras condições para que exista água e para que seres humanos possam viver. Isso não significa que há vida no planeta, mas nós, a princípio, poderíamos viver um planeta localizado em "zonas habitáveis".
O planeta foi nomeado de TOI 700 d e está relativamente próximo de nós, a cem anos-luz de distância. O satélite TESS foi o responsável pela descoberta, trata-se de um satélite que foi construído e lançado justamente para identificar planetas como esse, similares a Terra, segundo o diretor da divisão de astrofísica da NASA, Paul Hertz.
NASA descobre planeta "potencialmente habitável"
Porém, o TOI 700 d não é o primeiro planeta da categoria já descoberto, mas sim a primeira descoberta do satélite TESS que foi lançado em 2018. Anteriormente, o satélite Kepler já havia identificado alguns planetas similares.
Junto com esse planeta, outros dois também foram identificados, recebendo o mesmo nome com terminações em "b" e "c", mas somente o TOI 700 d está em uma zona habitável. Ele é cerca de 20% maior que a Terra, completa uma rotação em torno de sua estrela em cerca de 37 dias e recebe energia de sua estrela equivalente a 86% da qual a Terra recebe do Sol.
Porém, a atmosfera e temperatura da superfície depende do tipo da estrela e da composição do planeta em si, tanto em terra quanto no ar. Simulações já estão sendo feitas para identificar isso. Em uma delas, o planeta seria oceânico e com "uma atmosfera densa dominada por dióxido de carbono, semelhante à aparência de Marte quando jovem, de acordo com as suposições dos cientistas".
Assim como acontece com a Lua, uma das faces do planeta sempre está voltada para a sua estrela, criando um "lado escuro". Esse tipo de rotação se chama de síncrona, e como resultado, a face escura estaria sempre coberta por nuvens.
Porém, esta é apenas uma das possibilidades, enquanto simulações acontecem, outros cientistas seguem observando o planeta para identificar mais características e talvez corresponder um dos modelos simulados à realidade.