Quase 1,7 milhão de pessoas foram infectadas pela COVID-19 até agora e mais de 100.000 morreram, os números não param de crescer e parecem que vão piorar nas próximas semanas.
À medida que mais casos são detectados, mais pacientes em risco desenvolvem complicações e morrem. Mas em alguns países as coisas estão melhorando, à medida que as medidas de distanciamento social começam a funcionar.
O principal problema com o novo vírus é que não há tratamento para ele, embora muitas curas em potencial já estejam sendo testadas em todo o mundo.
Alguns tratamentos se mostraram promissores em testes limitados, mas precisam de mais dados científicos. Outras são vacinas que podem erradicar a doença, mas precisam passar por regulamentação adequada que verificam sua eficácia e segurança.
A empresa farmacêutica Pfizer já possui um novo medicamento promissor contra o novo coronavírus e está adaptando outros medicamentos existentes para o COVID-19.
Além disso, a empresa está trabalhando em quatro vacinas diferentes e disse que fornecerá assistência para a fabricação de outras se as vacinas de outras empresas se tornarem melhores escolhas contra o novo coronavírus e se elas precisarem de capacidade de fabricação adicional.
A Pfizer reuniu uma equipe de 50 pesquisadores para trabalhar nas terapias para tantar erradicar o vírus. O medicamento experimental da Pfizer ainda não tem nome, mas já mostra promessas em impedir a replicação da COVID-19.
O medicamento pode bloquear uma protease, uma enzima essencial que permite a replicação do vírus. Se funcionar, o medicamento poderá retardar ou interromper a propagação do vírus em pacientes com sintomas leves a moderados. Contudo os testes em humanos não começarão até agosto.
Aparentemente, a empresa espera que o tratamento funcione e já comprou as matérias-primas necessárias para fabricar o medicamento.
Paralelamente a isso, a Pfizer tem analisado seu medicamento Xeljanz para artrite reumatoide em pacientes com COVID-19. A droga está sendo testada na Itália e as análises terminarão até julho.
O objetivo do medicamento é reduzir a resposta imune em casos graves de COVID-19, nos quais a resposta imune está fora de controle e pode colocar em risco a vida do paciente.
A Roche está trabalhando em um medicamento anti-inflamatório semelhante chamado Actemra, que se mostrou promissor em pacientes que desenvolvem problemas respiratórios.
Além disso, a Pfizer testará um de seus antibióticos na terapia com o novo coronavírus que pode ser familiar para algumas pessoas. A Azitromicina combinada com a hidroxicloroquina pode auxiliar no tratamento e até cura potencial para o COVID-19.
Antibióticos não matam o vírus por si só, mas podem ser necessários em alguns casos em que os pacientes podem contrair infecções bacterianas.
A gigante farmacêutica também trabalhará com a Liverpool School of Tropical Medicine, sediada no Reino Unido, para investigar se os pacientes com COVID-19 estão em risco de desenvolver pneumonia pneumocócica e se a combinação pode levar a um caso mais grave de COVID-19.
Finalmente, a Pfizer está trabalhando com a empresa alemã BioNTech em uma vacina de mRNA para COVID-19, com testes clínicos programados para começar no final deste mês.
Esse é o mesmo tipo de nova tecnologia de vacina que a candidata a vacina COVID-19 da Moderna, que é uma das primeiras vacinas a atingir testes em humanos. Três outras candidatas a vacina, a Pfizer também começará a testar nas próximas semanas.
Os esforços da Pfizer e da Roche contra o COVID-19 fazem parte de uma corrida mundial para encontrar cura para a nova doença. Cerca de 140 terapias ou vacinas já estão em desenvolvimento e cerca de uma dúzia delas estão em ensaios clínicos, de acordo com dados da Informa Pharma Intelligence.
A Inovio Pharmaceuticals, empresa americana de boitecnologia financiada pela Fundação Bill & Melinda Gates entre outras, já começam na próxima semana a testar de forma experimental uma vacina contra a COVID-19 em pacientes saudáveis na Filadélfia.
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