Um caso misterioso tem dado dor de cabeça à cientistas. Um planeta chamado Fomalhaut b foi descoberto relativamente próximo à Terra, somente 25 anos-luz, em 2008, com base em dados coletados entre os anos de 2004 e 2006. Acontece que esse mesmo planeta simplesmente sumiu do céu em 2014, nunca mais encontrado por nenhum equipamento. Pensando nesse mistério, um estudo foi iniciado na Universidade do Arizona, EUA, e parece ter solucionado esse bizarro mistério.
Esses pesquisadores chegaram a uma conclusão que poderia explicar o sumiço do dito exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar): O Fomalhaut b, na realidade, nunca teria sido um planeta, mas sim o resultado da colisão de dois corpos celestes, como asteroides e cometas, que teriam formado uma grande nuvem de poeira e detritos durante a época de observação de 2004 a 2006.
O Fomalhaut b nunca foi oficialmente e sem sombra de dúvidas declarado como um novo planeta. Haviam questionamentos sobre algumas características que indicariam a verdade. Andras Gaspar, um dos autores do artigo científico publicado, revela que "o estudo analisou todos os dados arquivados disponíveis do Hubble sobre Fomalhaut b, revelou várias características que juntas mostram uma imagem de que o objeto do tamanho de um planeta pode nunca ter existido".
No perfil oficial do telescópio Hubble no Twitter, foi publicado que "O que astrônomos pensavam ser um planeta além do nosso sistema solar, agora parece ter desaparecido. Ao invés disso, o Hubble pode ter testemunhado uma colisão cósmica que acontece somente uma vez a cada 200,000 anos".
What astronomers thought was a planet beyond our solar system, has now seemingly vanished from sight. Instead, Hubble may have witnessed a cosmic collision that only happens once every 200,000 years: https://t.co/UQmmJz4LJo pic.twitter.com/irVpumwa4o
— Hubble (@NASAHubble) April 20, 2020
A primeira pista foi o brilho que o exoplaneta emitia, algo que poderia significar uma grande camada de poeira envolta do suposto planeta e que refletiria luz, segundo hipótese de cientistas. Porém, o exoplaneta não foi detectado pelo infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer, ou seja, ele não irradiava calor assim como um exoplaneta o faria.
A explicação então seria que a nuvem formada era composta por partículas muito pequenas e concentradas, por isso o grande brilho e a posterior e rápida dissipação até seu completo desaparecimento. Contudo, a descoberta não é nem de longe em vão, a identificação de um fenômeno raro como esse é algo grande para a comunidade científica.
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