Nesse mês, os Estados Unidos, Emirados Árabes e a China se preparam para lançar sondas em direção à Marte. Esse momento é particularmente raro, quando as órbitas de Marte e da Terra se alinham, algo que só acontece a cada 26 meses. Enquanto essas missões são de grande importância para cada um desses países, a China realiza sua primeira missão à Marte com uma sonda e um robô teleguiado.
Em uma espécie de nova corrida espacial entre os EUA e a China, o gigante asiático pretende colocar uma sonda na superfície de Marte a fim de ativar um pequeno robô que realizará coletas e análises no planeta. Nomeada como "Tianwen-1", a missão que agora representa as ambiçõe espaciais chinesas partirá entre 20 a 25 de julho na Ilha Hainan Sul.
Com um trajeto muito longo, de 55 milhões de quilômetros, só se espera que a chegada da sonda no planeta vermelho ocorra em fevereiro de 2021.
Essa não é a primeira tentativa da China em chegar à Marte, em 2011, juntamente da Rússia, ambos países tentaram sem sucesso enviar uma sonda ao planeta. O lançamento partiu da Rússia e o foguete falhou em colocar a sonda no trajeto correto, resultando na queda de todo material na Terra. A China então se desvinculou da Rússia em sua aventura espacial.
O objetivo chinês é, sobretudo, a influência política, prestígio internacional e a participação com protagonismo no futuro da humanidade. São bilhões de dólares de investimento no programa espacial a fim de alcançar os EUA e a Europa nessa nova corrida espacial. Sua relevância nesse cenário se inicia em 2003, com o primeiro astronauta chinês a chegar ao espaço, e em 2013 e 2019 foram enviados robôs teleguiados à Lua. Agora, até 2022, o gigante asiático planeja ter uma estação espacial própria a rivalizar com a ISS.
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