Hoje, quinta-feira (23), a China lançou com sucesso sua missão à Marte que levará uma sonda orbital e um rover que pousará na superfície do planeta vermelho. Esse feito marca a posição da China na história da exploração espacial da humanidade, dando início a uma desmonopolização do espaço e de suas descobertas por parte dos EUA. A missão nomeada de Tianwen-1 estudará Marte com três veículos levados pela espaçonave a geologia do planeta vizinho.
A sonda orbital tem como objetivo mapear e fotografar Marte, enquanto o módulo de pouso levará os veículos terrestres para a superfície do planeta, o que se trata do momento mais tenso de qualquer missão espacial para Marte. Um erro nesse processo e todo o equipamento será perdido, além de muito tempo e dinheiro. Se tiver sucesso, o módulo de pouso servirá para desembarcar os rovers e trazê-los de volta também no futuro, com uma rampa que permite o acesso dos robôs para a superfície.
A China poderá entrar para a história como o segundo país, após os EUA, a pousar um rover em Marte. Países europeus já haviam tentado duas vezes, sem sucesso. A antiga União Soviética, durante a corrida espacial da Guerra Fria, conseguiu pousar uma nave em Marte que se comunicou por 20 minutos com a Terra antes de falhar e se perder para a sempre. A China então possui uma oportunidade de colocar sua agência espacial estatal, a CNSA, no mesmo patamar da NASA, caso eles tenham sucesso em sua missão.
A missão só chegará a Marte em fevereiro do ano que vem. A espaçonave carrega consigo câmeras de alta resolução, a sonda orbital e os rovers que foram projetados para funcionar por cerca de 90 dias consecutivos, porém, eles tem capacidade para funcionar por muito mais tempo caso a missão seja estendida.
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