Lançada em dezembro de 2014, a Hayabusa 2 completou no último sábado (5) a sua missão que durou seis anos. Ela caiu em um deserto australiano, próximo a cidade de Woomera, e depois foi resgatada por um helicóptero e foi enviada para a agência espacial japonesa JAXA, que agora vai estudar minuciosamente as amostras do asteroide Ryugu que foram coletadas.

Desde que foi lançada, a cápsula Hayabusa 2 viajou por mais de 5,2 bilhões de quilômetros, mas só encontrou o asteroide Ryugu em 2018, quatro anos depois de seu lançamento. Depois da coleta de amostras do asteroide, a cápsula projetou o seu retorno à Terra em 12 de novembro de 2019.

As amostras do Ryugu é um fato inédito para os cientistas

Esta é a primeira vez que cientistas terão acesso a um asteroide da categoria do Ryugu, que são asteroides ricos em carbono e tem idade de aproximadamente 4,5 bilhões de anos, o que pode ajudar a ciência a solucionar dúvidas sobre a formação da vida e do planeta Terra.

A missão na órbita do asteroide Ryugu teve a ajuda de três mini rovers experimentais que foram lançados para estudar outras formas de explorar a superfície dos objetos presentes no solo. Até uma cratera artificial foi aberta entre fevereiro e julho de 2019, com o objetivo de coletar ao menos 100 miligramas de material do asteroide que fica localizado abaixo do seu manto exposto.



Na sua viagem de volta, antes que a Hayabusa 2 entrasse na atmosfera da Terra, a cápsula continuou no espaço, e os cientistas japoneses tem intenções de utilizá-la novamente em missões futuras.

Ainda restam aproximadamente meio tanque de combustível na sonda, cerca de 30 quilos de xenônio, tendo iniciado em 2014 com 66 quilos. As próximas missões em pauta são para dois novos asteroides; o 2001 CC21 que deve ser iniciada em 2026, e o 1998 KY26, em 2031.