A nave japonesa Hayabusa2 foi lançada ao espaço em dezembro de 2014, e depois de seis anos, finalmente voltou ao planeta Terra no dia 5 de dezembro, trazendo consigo amostras do corpo celeste de um asteroide pré-histórico, conhecido como Ryugu. O pouso da nave aconteceu na Austrália, no deserto da Área Proibida de Woomera.

Assim que confirmaram a chegada da cápsula em solo terrestre, os cientistas japoneses foram coletar o equipamento e nessa ocasião conseguiram dar uma primeira olhada no material coletado, e pelo Twitter, compartilharam uma imagem com o resto do mundo.


Na imagem é possível visualziar a presença de grãos negros que supostamente pertencem ao asteroide Ryugu, já que a songa ficou no local por um tempo de quase um ano. Além da coleta de artefatos que estão visíveis sob o solo do asteroide, a cápsula Hayabusa 2 disparou uma bala de cobre que perfurou o solo com uma cratera de 20 metros de largura, e assim, foi possível capturar também as amostras de materiais mais profundos do asteroide.

O cientista Hirota Sawada ficou impressionado com o resultado dessa missão, e segundo ele, suas expectativas foram superadas.

"Quando realmente abrimos a cápsula, fiquei sem palavras. Foi mais do que esperávamos e havia tanto material que fiquei realmente impressionado. Não eram partículas finas como o pó, mas havia muitas amostras com vários milímetros de diâmetro" - disse ele.

Importância para a ciência

As análises dos materiais coletados do asteroide Ryugu podem responder muitas perguntas. Essa é a primeira vez que os humanos conseguem coletar amostras de um corpo celeste tão antigo, já que acredita-se que ele tenha a idade de mais ou menos 4,5 bilhões de anos.

Os estudos não serão realizados somente pela ciência japonesa, mas todos os outros países querem ter a oportunidade de analisar as amostras do asteroide, e por fim consegui descobrir como a vida surgiu em nosso planeta, além de toda a origem de nossa galáxia.

A JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) ainda não anunciou quando dará início aos estudos dos fragmentos de forma profunda, já que essa operação também depende de equipamentos poderosos. A agência ainda falou sobre tomar um certo cuidado ao analisar tais amostras, pois se tratam de escombros primordiais da formação do Sistema Solar, e nem sempre essas oportunidades aparecem.