Em de julho de 2020, a China lançou o foguete Long March 5 em direção a Marte. A viagem até o planeta vermelho leva um tempo de 7 meses, e agora, a nave está a 1,4 milhão de milhas de distância e finalmente começa a desacelerar para entrar na órbita do planeta. Nessa sua iminente chegada a Marte, a nave tirou e enviou para a Terra uma foto em preto e branco.
A imagem foi divulgada na sexta-feira pela Administração Espacial Nacional da China, mostrando alguns detalhes e características geológicas do planeta. Dá pra identificar até mesmo a cratera Schiaparelli e os Valles Marineris, parte geográficas que completam um vasto terreno de desfiladeiros na superfície do planeta vermelho. A nave finalmente deve alcançar a órbita marciana por volta de 10 de fevereiro, próxima quarta-feira.
Confira a imagem abaixo;
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A agência ainda falou sobre o procedimento de pouso que a nave adotou, sendo necessário ativar um dos seus motores para fazer a correção orbital, e consequentemente chegar à órbita do planeta vermelho. O foguete lançado é um Tianwen-1 de cinco toneladas que inclui um módulo de pouso, um orbitador e um rover para estudar a superfície do solo de Marte.
Até maio, o objetivo da agência espacial chinesa é conseguir levar o rover numa área chamada Utopia Planitia, que basicamente é uma bacia de impacto em Marte com diâmetro de 3.330 km.
China é a próxima potência espacial
O projeto de envio desse foguete a Marte é bem ambicioso, e tem como principal objetivo rivalizar as missões dos países mais veteranos nesse quesito, como Estados Unidos e Rússia. Hoje em dia, a China faz grandes avanços para cumprir com o seu propósito nesse segmento, e a missão a Marte é uma proposta bem desafiadora, onde aparentemente tem se saído bem.
Vale ressaltar que outros países mostraram interesse em enviar seus módulos ao planeta vermelho, como Japão e Índia por exemplo, além da Rússia que em parceria com a China havia tentado esse lançamento em 2011, mas que infelizmente falhou.
A sonda do Tianwen-1 chegando em Marte com sucesso, realizando a captura de fotos e amostras de Marte e depois retornando a Terra conforme programado, dá a China a chance de enviar em seguida uma espaçonave maior, e quem sabe até tripulada.