Uma nova imagem capturada do buraco negro Messier 87 (M87), revelou detalhes sobre sua borda em que mostra o campo magnético em atividade. Descoberto em abril de 2019 e divulgado em uma imagem embaçada onde é possível apenas ver a sua coloração e formato, foi identificado que este é um gigantesco buraco negro alojado no coração da galáxia Messier 87 (M87). Sua distância da Terra é de 55 milhões de anos-luz, e uma atualização da imagem exibe o monstro cósmico em um círculo escuro cercado pelo que podemos chamar de anel flamejante.
A captura da imagem é resultado da colaboração com a Event Horizon Telescope (EHT), e se tornou uma evidência histórica, a maior e mais importante forma de comprovar a existência de buracos negros.
Esses são corpos gigantescos e massivos ao mesmo tempo que são compactos, e um poder de destruição imensurável, tão absurdo que nem mesmo a luz escapa. Ver essa imagem com o aspecto mais nítido ajudará a ciência a entender como esses monstros se comportam, além de responder outras grandes perguntas sobre o surgimento do universo.
Confira abaixo um vídeo publicado pelo canal European Southern Observatory (ESO) no YouTube, em que é possível acompanhar a incrivel viagem da Terra até o buraco negro M87, o primeiro já fotografado até hoje:
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Fenômenos misteriosos
Ivan Marti-Vidal, coordenador de um dos grupos de trabalho do EHT e pesquisador da Universidade de Valencia, na Espanha, falou sobre a imagem em que foi divulgada com uma nova polarização em que se concentra em isolar uma parte deste anel luminoso.
"A polarização da luz contém informações que nos permitem compreender melhor a física por trás da imagem vista em abril de 2019, o que não era possível antes. Este é um grande passo..."
Com essa imagem detalhada foi possível identificar a estrutura do campo magnético localizado na borda do buraco negro. Essa estrutura formada por um turbilhão de filamentos é extremamente poderosa, aliás, muito mais do que o campo magnético da Terra. É uma verdadeira luta entre força e gravidade, em que basicamente "ocorre uma espécie de equilíbrio entre as duas forças, como um combate, ainda que, no final, o vencedor seja a gravidade", explica o astrônomo.
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