Normalmente, quando investigadores forenses, conhecidos também como peritos criminais, procuram maneiras de coletar amostras de DNA para análise de um local suspeito, coleta-se através de superfícies. Entretanto, pesquisadores da Universidade Queen Mary de Londres mostraram que é possível coletar "DNA Ambiental" (eDNA ou environmental DNA) através do ar.
Abaixo a publicação do perfil oficial da Universidade Queen Mary de Londres no Twitter sobre o estudo:
Para conseguir o feito de coletar DNA do ar, os cientistas da Universidade de Queen Mary utilizaram uma bomba peristáltica com filtros de pressão. Desta forma, foi possível coletar amostras de DNS de rato-toupeira, tanto em suas casas quanto na sala, conseguindo até material genético de humanos ao mesmo tempo. O tempo de coleta variou de 5 a vinte minutos e posteriormente foi utilizado kits padrão para encontrar e sequenciar os genes das amostras.
De acordo com a Dra. Elizabeth Claire, principal autora do estudo, o intuito do estudo era auxiliar conservacionistas e ecologistas a estudar ambientes. Evidentemente, com um bom desenvolvimento do estudo, a pesquisa poderia ser utilizada para muitos outros propósitos. Um exemplo de potencial utilidade para a técnica criada é na coleta de DNA do ar com o objetivo de saber se um suspeito esteve ou não presente na cena de um crime. Além disso, seria possível utilizar esta tecnologia para entender como os vírus são transportados pelo ar causando contaminações em massa de diversas pessoas.
Andamento do estudo
Por mais promissora que seja a pesquisa, qualquer uso prático ainda está longe de acontecer. Embora a equipe de pesquisadores já esteja trabalhando com empresas privadas como, por exemplo, a NatureMetrics, para desenvolver meios práticos de aplicação, ainda há limitações como a questão de não ser possível fazer o procedimento em salas lotadas ou espaços ao ar livre. Entretanto, mesmo a técnica ainda não estando desenvolvida o suficiente para ser aplicada em determinadas situações, sem dúvidas ela poderá ajudar em casos em que a coleta de DNA em superfícies não fornece muitas respostas.
O artigo sobre a pesquisa pode ser lido integralmente aqui. Abaixo um vídeo de uma entrevista feita com a Dra. Elizabeth Claire, principal autora do estudo:
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