Michael Collins, astronauta americano que fez parte da primeira missão tripulada lançada à Lua, morreu de câncer nesta quarta-feira (28) aos 90 anos. O comunicado de sua morte foi divulgado pela família e, mais tarde, amigos e fãs prestaram suas homenagens ao único astronauta da Apollo 11 que não pisou no solo da Lua.
Naquela ocasião, Collins era o piloto do módulo de comando, e sua função era permanecer na órbita lunar enquanto os seus companheiros Neil Armstrong e Buzz Aldrin caminhavam sob o solo do nosso satélite natural, tornando-se os primeiros homens a pisar na Lua, em 20 de julho de 1969.
As homenagens foram divulgadas pelo Twitter. Abaixo você pode conferir os tweets acompanhado de suas respectivas traduções;
"Mike sempre enfrentou os desafios da vida com graça e humildade, e enfrentou este, seu desafio final, da mesma maneira."
Family Statement on Passing of Astronaut Michael Collins pic.twitter.com/6OAw7CzFaz
— Michael Collins (@AstroMCollins) April 28, 2021
Buzz Aldrin, agora último membro ainda vivo da Apollo 11, também falou sobre a morte de seu amigo;
"Meu caro Mike, onde quer que você tenha ido, você sempre terá a chama para nos transportar com habilidade a novos céus e ao futuro. Sentiremos sua falta. Descanse em paz."
Dear Mike,
— Dr. Buzz Aldrin (@TheRealBuzz) April 28, 2021
Wherever you have been or will be, you will always have the Fire to Carry us deftly to new heights and to the future. We will miss you. May you Rest In Peace. #Apollo11 pic.twitter.com/q4sJjFdvf8
Em comunicado da NASA, Steve Jurczyk, declarou;
"Hoje, a nação perdeu um verdadeiro pioneiro e defensor da exploração do astronauta Michael Collins. Como piloto do módulo de comando da Apollo 11 —alguns o chamavam de "o homem mais solitário da história"— enquanto seus colegas caminhavam na Lua pela primeira vez, ele ajudou nossa nação a alcançar um marco definidor. Ele também se destacou no Programa Gemini e como piloto da Força Aérea."
Resumo de sua biografia
Collins nasceu em 31 de outubro de 1930 em Roma, Itália. Antes de ser astronauta, ele se tornou piloto de testes do Exército dos Estados Unidos. Mais tarde, durante os anos 60, ele fez parte das missões Gemini, acumulando muitas horas de voo no espaço, até ser escalado como integrante da Apollo 11, a primeira e única missão que levou o homem à Lua.
Apesar de ser identificado como o "único membro da tripulação da Apollo 11 que não pisou na Lua", Collins sempre disse abertamente que não tinha ressentimentos por isso. Depois de retornar a Terra, ele saiu da NASA e seguiu para um vida pública, assim como Aldrin e Armstrong.
Ele foi nomeado subsecretário de Estado para Assuntos Públicos pelo presidente Richard Nixon, também dirigiu a construção do museu de Washington (National Air and Space Museum) e foi empossado como presidente durante os anos de 1971 e 1978. Durante os anos mais recentes, Collins esteve ativo como consultor e escritor de livros ligados à aventura espacial, que sempre o empolgava com seus comentários assíduos.
Um dos seus comentários mais conhecidos, é aquele realizado em 2019 em um evento para a comemoração do 50º aniversário do da missão espacial Apollo 11. De forma poética, Collins disse;
"Quando partimos e a vimos, ah, que esfera incrível. O Sol estava atrás dela, então ela estava iluminada com um círculo dourado que tornava suas crateras realmente estranhas, devido ao contraste entre o mais branco dos brancos e o mais preto dos pretos. Mas por mais esplêndida e impressionante que fosse, não foi nada comparado com o que víamos pela outra janela.
Ali estava aquela ervilha do tamanho de uma unha, uma coisinha tão linda envolta no veludo negro do resto do universo. Eu disse então ao centro de controle, 'Houston, eu vejo o mundo em minha janela'".
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