Após fazer uma proposta de US$2 bilhões em pagamentos da NASA para 2021 e nos próximos 2 anos fiscais em troca de um contrato de uma espaçonave de pouso com preço fixo, a Blue Origin de Jeff Bezos entrou com um processo no Tribunal de Reclamações Federais dos EUA contestando o manejo do programa de Sistema de Aterrissagem Humana da NASA. A ação vem um mês depois da rejeição do US Government Accountability Office (GAO) ter rejeitado um protesto da empresa de Bezos sobre a NASA aceitar um único contrato para o módulo lunar Artemis.

A intenção da NASA era originalmente assinar dois contratos separadamente. Porém, o financiamento limitado do Congresso tornou o processo difícil. A Blue Origin diz que a decisão tomada foi "fundamentalmente injusta", pois a NASA permitiu que a SpaceX pudesse alterar a sua oferta, algo que a companhia alegou que não teve a oportunidade de fazer. Entretanto, de acordo com o GAO, a "avaliação das três propostas pela NASA foi razoável e consistente com a lei de aquisições, regulamentação e os termos do anúncio aplicáveis".

Você precisa ver: Jeff Bezos vai ao espaço com o foguete New Shepard da Blue Origin

Um porta-voz da Blue Origin disse ao site Engadget:

"A Blue Origin entrou com uma ação no Tribunal de Reclamações Federais dos EUA em uma tentativa de remediar as falhas no processo de aquisição encontrado no Sistema de Aterrissagem Humana da NASA. Acreditamos firmemente que as questões identificadas nesta aquisição e seus resultados devem ser tratados para restaurar a justiça, criar concorrência e garantir um retorno seguro à Lua pela América."

Meta de retorno à Lua em 2024 fica cada vez mais distante devido ao conflito

Embora a última reclamação feita esteja encerrada, uma fonte disse ao site TheVerge que a Blue Origin pediu a um juiz que ordenasse a pausa temporária do contrato da SpaceX enquanto o caso era resolvido no tribunal. Foram cerca de três meses esperando a conclusão da investigação do GAO sobre o protesto da Blue Origin. Caso haja a aprovação do pedido da empresa de Bezos, esta última pausa poderá ser ainda mais longa. Com isso, a meta da NASA de retornar à Lua em 2024 fica cada vez mais difícil.