Os astrônomos encontraram o que pode ser o primeiro planeta fora da Via Láctea, isto é, de outra galáxia. Batizado como M51-ULS-1b, o potencial planeta orbita uma "estrela gigante" e uma estrela morta na galáxia espiral e está a cerca de 28 milhões de anos-luz de distância da Terra (um ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros). Esta é a primeira vez que os cientistas encontraram um planeta tão longe, mas ainda investigam sobre a sua veracidade1 de sua existência.
NASA encontra primeiro planeta de outra galáxia
Um estudo publicado na revista científica "Nature Astronomy" afirmou que, se confirmada, a existência deste planeta indica que os astrônomos ainda podem encontrar muitos "exoplanetas fora da galáxia". A pesquisadora por trás dessa descoberta deu uma entrevista para o site Science News.
"Nós provavelmente sempre achamos que existiam planetas em outras galáxias. Mas realmente encontrar algo é uma coisa bela, uma lição de humildade".
Rosanne Di Stefano
Pesquisadora e astrofísica na Universidade de Cambridge
Ao todo, mais de 4.800 planetas foram descobertos orbitando outras estrelas, mas todos eles fazem parte da nossa galáxia. De toda a forma, não devemos acreditar que não exista razão suficiente para acreditar que não existam planetas fora da Via Láctea.
Caça aos planetas
Naturalmente, a "caça" aos planetas de outras galáxias se resume a uma dificuldade de grau muito elevado, exatamente por conta da distância. Eventualmente, as estrelas parecem estar muito próximas, o que torna difícil a observação individual para se conseguir identificar planetas ao seu redor.
Em 2018, Di Stefano e a astrofísica Nia Imara, do Instituto de Pesquisa da Universidade da Califórnia, propuseram encontrar esses planetas identificando "estrelas binárias de raios-X" (um tipo de estrelas binárias). A ideia era conseguir identificar algum sinal de um potencial planeta por meio da emissão de raios ao passar ou transitar na frente deste sistema estelar binário.
No caso do M51-ULS-1b, a pesquisadora explica que não pretende utilizar a tecnologia desenvolvida pela equipe de Di Stefano, pois pode levar décadas para passar pela estrela anfitriã novamente. O objetivo então é procurar e encontrar outros planetas.