Não deixe de olhar para o céu entre a madrugada e o amanhecer desta sexta-feira, 19 de novembro. O Eclipe Lunar Parcial, um dos mais raros e belos fenômenos da astronomia, deve contemplar os céus de boa parte do Brasil. O eclipse terá início às 03h02m (horário de Brasília), com o auge do fenômeno ocorrendo por volta das 06h02m. Esse é o mais longo eclipse dos últimos 600 anos e o último de 2021, e sua observação vai depender da localização e condições do céu.
Eclipse lunar parcial: saiba as fases do fenômeno
Os eclipses lunares ocorrem quando a Lua, o Sol e a Terra se alinham brevemente, bloqueando os raios solares que costumam chegar à superfície do satélite natural do planeta. Mas para saber quando o evento começou e onde observar, é bom entender quais são as fases do eclipse lunar parcial.
1ª fase: o eclipse penumbral
Para que o eclipse lunar parcial realmente aconteça, antes disso é necessário a ocorrência do eclipse lunar penumbral. Este é o momento que marca o início do eclipse, quando a Lua está pouco acima do horizonte noroeste. No evento desta sexta-feira (19), isso deve acontecer por volta das 03 horas e 02 minutos (horário de Brasília).
Como saber se o eclipse começou?
Observe a sua sombra. Se você perceber que a luz da Lua ainda projeta sua sombra no chão, então o eclipse ainda não começou. Isso é muito comum em cidades com pouca iluminação nas noites de Lua cheia. O eclipse lunar penumbral começa quando você não consegue mais visualizar sua sombra no chão de onde você está.
Essa fase do fenômeno é pouco perceptível em cidades de grande poluição luminosa, como as grandes capitais, por exemplo. Por isso, se você mora nesses lugares, procure um local onde prédios, árvores ou montanhas não obstruam a transmissão do evento.
2ª fase: eclipse parcial
O eclipse lunar parcial propriamente dito se inicia quando a Lua poderá ser observada entre o horizonte noroeste e oeste. Para ser mais específico, isso deve acontecer já bem próximo do amanhecer, por volta das 04 horas e 18 minutos (horário de Brasília).
Neste momento, a recomendação é que, se possível, procure um local que permita ter o horizonte livre de qualquer obstrução visual. Em lugares assim, você vai perceber que a Lua estará se aproximando cada vez mais deste horizonte e vai ficar com um aspecto "cortada".
Eclipse lunar parcial no Brasil
Embora esse seja o eclipse mais longo dos últimos 600 anos, no Brasil, o fenômeno poderá ser observado por cerca de apenas 2h. Segundo dados da plataforma Time and Date, quanto mais ao oeste você estiver no Brasil, mais tempo poderá contemplar o fenômeno. Em Pernambuco, por exemplo, o evento começa às 03h02 (horário de Brasília), com eclipse máximo por volta das 04h46 e final às 4h51, totalizando cerca de 1h50.
Vale lembrar que além da localização, a observação do eclipse lunar parcial desta semana vai depender também das condições climáticas das regiões. Se você tem interesse em observar o evento, cheque a previsão do tempo para esta sexta-feira, e se certifique que haja um céu sem nuvens.
Como observar o eclipse?
Vale lembrar que os principais pontos que se devem levar em consideração são as condições do céu e a sua localização. Não é necessário o uso de binóculo ou telescópio. A contemplação do eclipse lunar pode ser realizada facilmente a olho nu, mesmo para quem estiver numa cidade com poluição luminosa.
Se você mora em regiões com muitas árvores, montanhas ou prédios, então é bom se certificar que neste dia, você esteja em um local em que o horizonte oeste/noroeste esteja completamente visível.
Transmissão ao vivo
Caso você não seja um dos contemplados, seja por conta da localização ou muita nebulosidade nos céus da sua região, saiba que ainda assim é possível acompanhar o eclipse lunar parcial desta sexta-feira (19). O canal TimeAndDate fará uma transmissão ao vivo do evento. Você pode acompanhar essa transmissão pelo player abaixo, quando ela começar.
Outros fenômenos
Além do eclipse lunar parcial, outros fenômenos astronômicos poderão ser observados na madrugada desta sexta-feira (19). Poderemos ser contemplados com os aglomerados estelares das Plêiades e Híades; das constelações do Touro e do Órion, com as suas populares "Três Marias"; passagens de satélites artificiais e a chuva de meteoros Leonids. Para esses, a recomendação é que se use um binóculo ou telescópio.
Fonte: Time and Date
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