A estudante da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Verena Paccola, teve seu nome divulgado em diversas notícias na internet durante esta semana. Ela passou por um treinamento com cientistas da agência espacial, onde recebeu pacotes de imagens capturadas por um telescópio no Havaí. Após uma análise minuciosa, Verena conseguiu identificar 25 asteroides. Ela foi premiada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, pela incrível descoberta.
Brasileira é premiada por descobrir 25 asteroides para a NASA
Durante esse treinamento, a jovem brasileira de 22 anos analisava as imagens para encontrar possíveis objetos em movimento e, se identificado, uma análise numérica era realizada para identificar se havia padrão de asteroide. Os relatórios da jovem foram enviados à Universidade de Harvard que, mais tarde, confirmou a descoberta.
"Eu analisava esse pacote de imagens. São quatro imagens piscadas em sequência para mim. Elas são tiradas com diferença de segundos entre cada uma. Então eu via se tinha alguma coisa se movendo", explicou.
Com a iniciativa de valorizar os jovens talentos brasileiros, Verena recebeu medalhas, certificados e troféu do ministro Marcos Pontes na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada nesta semana em Brasília.
Asteroide raro a caminho da Terra
A descoberta tem ainda mais importância, já que dos 25 asteroides encontrados, um deles é raro. Ele é categorizado pelos especialistas como "asteroide fraco" e faz parte de um grupo de objetos que podem colidir com a Terra no futuro.
Desde a descoberta da jovem brasileira, a NASA tem feito esforços para estudar a órbita do asteroide para identificar a dimensão do objeto e se há possibilidade de colisão com o nosso planeta. Segundo a própria Verena, a probabilidade desta colisão é quase nula, já que "o espaço é muito gigante para o tamanho da Terra".
No começo desta matéria você deve ter percebido que Verena é uma estudante de medicina da USP, mas confessa que sempre foi muito curiosa. Ela conta que sua área de maior interesse continua sendo a saúde, mas sempre teve a curiosidade de observar o céu com um telescópio que possuía.
"Eu não trocaria a medicina por nada, mas agora que estou tendo mais estímulo na área espacial, vamos vendo. Uma medicina espacial, talvez, não sei", conta.