Aproveitando The Last of Us, que está com uma série original da HBO Max, onde a história gira em torno de fungos, cientistas da Universidade da Geórgia estão desenvolvendo uma vacina capaz de proteger contra uma variedade de fungos perigosos. Ao ser testada em animais, a vacina preveniu infecções graves e mortes causadas por três tipos de fungos que costumam causar doenças oportunistas nas pessoas. Os pesquisadores planejam agora começar a realizar testes em humanos.
Os fungos geralmente costumam ser a causa menos comum de doenças. Geralmente o que temos são infecções causadas por vírus e bactérias. Entretanto, o site Gizmodo cita que os cientistas apontaram que as mudanças climáticas no mundo podem acabar causando o aumento de doenças fúngicas. Porém, é claro que ainda há casos em que há o sério comprometimento da saúde das pessoas por infecções causadas por fungos e isso geralmente ocorre quando elas são imunossuprimidas ou que já estão com alguma enfermidade.
O grande problema das infecções causadas por fungos
Quanto mais tempo as pessoas convivem com problemas de saúde que enfraquecem seu sistema imunológico, a tendencia é que haja um aumento de infecções por fungos. Essas infecções geralmente são mais difíceis de tratar e prevenir do que outros topos, pois há poucos medicamentos antifúngicos que são seguros. Vacina então, simplesmente não há nenhuma testada e aprovada atualmente.
Felizmente, pesquisadores da Universidade da Geórgia podem ter dado um grande passo para a oferta de uma segurança maior para essas pessoas que estão imunossuprimidas por alguma razão. A vacina experimental criada pelos cientistas tem como objetivo aumentar a proteção contra três grupos comuns de fungos conhecidos por causar infecções fatais em humanos: Pneumocystis, Aspergillus e Candida. Ao ser aplicada, o sistema imunológico do paciente será "treinado" para reconhecer uma proteína "pan-fúngica" que é compartilhada por estes fungos, fortalecendo assim a imunidade contra eles.
Estudo e resultados
Até o momento, a vacina contra os fungos foi testada em camundongos e macacos rhesus. Nos testes, foi comparado os resultados entre animais que foram vacinados e os que não foram, após os grupos terem seus sistemas imunológicos suprimidos para em seguida serem expostos aos fungos. O resultado foi que os camundongos e macacos que foram vacinados produziram anticorpos contra a proteína panfungica.
Os resultados dos testes com a vacina contra fungos foram publicados no final de 2022 no PNAS Nexus. A autora principal do estudo, a professora da Faculdade de Medicina Veterinária da UGA, Karen Norris, diz:
Como tem como alvo três patógenos diferentes, a vacina tem potencial para ser inovadora em relação a infecções fúngicas invasivas.
Segundo a pesquisa realizada pelos autores do estudo, aproximadamente 13 milhões de infecções fúngicas com risco de vida ocorrem anualmente no mundo. Grande parte destas infecções são causadas pelos três fungos estudados. Além disso, uma outra pesquisa diz que é estimado um gasto de tratamento de US$ 6,7 bilhões anualmente nos EUA.