Pela primeira vez em mais de 10 mil anos, o mundo volta a ter lobos terríveis vivos — ou ao menos uma versão geneticamente recriada deles. Segundo reportagem da revista TIME, a empresa de biotecnologia Colossal Biosciences anunciou o nascimento de três filhotes inspirados na espécie extinta: Romulus, Remus e Khaleesi.
Os animais nasceram entre o fim de 2024 e o início de 2025, fruto de engenharia genética. Cientistas decifraram o genoma do lobo terrível a partir de fósseis preservados e reescreveram o DNA de lobos-cinzentos modernos para se aproximar do material genético original. Os embriões foram implantados em cachorras, que deram à luz os primeiros exemplares da chamada "ex-extinção".

Os filhotes impressionam pelo porte e comportamento, com seis meses, Romulus e Remus medem cerca de 1,2 metro e pesam 36 kg, podendo atingir até 1,8 metro e 68 kg quando adultos. Segundo a reportagem, ao contrário dos cães domésticos, evitam o contato humano e apresentam comportamento tipicamente selvagem.

O lobo terrível habitava as Américas e foi extinto há cerca de 10 mil anos. A Colossal afirma que esse tipo de tecnologia também poderá ajudar a salvar espécies em risco, como o lobo-vermelho. Além dos lobos, a empresa quer ressuscitar o mamute-lanoso, o dodô e o tilacino (ou tigre da Tasmânia). Em março, a companhia já havia surpreendido ao revelar um camundongo com características genéticas do mamute.
A ideia não está livre de controvérsias. Há o alerta para os riscos éticos e ambientais da clonagem, além de possíveis impactos ecológicos da reintrodução de espécies extintas. Ainda assim, a Colossal defende que a engenharia genética é uma ferramenta essencial para reverter parte dos danos causados pela ação humana no planeta.
A reportagem completa pode ser lida no site da revista TIME: "The Return of the Dire Wolf", também foi publicado um vídeo no Youtube da revista TIME: