Conforme noticiamos na semana passada, o Oficina da Net foi até Belo Horizonte para cobrir o MAX - Minas Gerais Audiovisual Expo - que encerrou no dia 1º de setembro após 3 dias de evento.
Os resultados desse ano foram bastante animadores para a indústria audiovisual brasileira. Além de diversos painéis, mostras e debates havia um local para rodadas de negócios organizado pelo Sebrae. Segundo os dados oficiais a rodada de negócios gerou a expectativa de R$ 536 milhões em negócios, um rendimento 26% maior do que registrado na edição anterior do evento.
Nomes de peso participaram das negociações em busca de conteúdo de qualidade para aquisição, coproduções e licenciamentos: Academia de Filmes, Arte 1, AXN, Canal Brasil, Canal Curta!, Cineart Filmes, CineBrasilTv, Comedy Central, Elo Company, Fashion TV, FOX, FOX Premium, Giros, Glaz, GloboNews, GNT, H2O Films, Investimage, Mais Globosat, Moonshot Pictures, MTV, Music Box, Nat Geo, Nat Geo Kids, Nickelodeon, Nick Jr., O2 Play, Panorâmica, Paramount Channel, Prime Box, Rede Minas, Sony, Telecine, Travel Box, TV Brasil, TV Cultura, TV Globo Minas, TV Rá-Tim-Bum, Videocamp, Vitrine Filmes, Viva, Woohoo e ZooMoo.
Quanto às atividades abertas ao público, foram promovidos 40 painéis que discutiram desde tendências, comportamento cultura e tendências dos espectadores até desenvolvimento de mercado, políticas e regulamentação, técnicas e ofícios e capacitação de empresas. O público foi de, aproximadamente, 3 mil espectadores durante os 3 dias de evento.
Entre os assuntos discutidos estavam, por exemplo, as novas tecnologias e o cenário dos games no audiovisual - desde painéis específicos (Áudio Para Games) até um panorama (Análise de Mercado: games no Brasil).
Entre os participantes do painel sobre o mercado de games BR estava Vicente Filho, vice-presidente da ABRAGAMES - Associação Brasileira das Empresas Desenvolvedoras - ao lado do game designer Raoni Dorim e de Magno Maranhão, assessor do diretor-presidente da ANCINE. Para quem vive do setor, as notícias do vice-presidente são animadoras. Segundo ele, num período de cinco anos, o número de empresas desenvolvedoras duplicou no Brasil, apresentando um crescimento médio de 12% ao ano. "O último senso identificou, no país, 375 empresas [...] O movimento anual é de US$ 1,5 bilhão, e vemos a expectativa de crescimento", analisa o executivo.
Segundo pesquisas recentes sobre a indústria criativa no Brasil, a indústria de games é o segmento que mais deverá crescer no país, acima da indústria fonográfica e de cinema.
Outro painel de sessão lotada foi aquele com a presença Tiago Mello, Sócio e Produtor Executivo da Boutique Filmes, com o tema:"A criação de séries de ficção e a construção de personagens".
Tiago é o produtor da série 3%, da Netflix, e falou de sua experiência sobre o desenvolvimento de roteiros e personagens com linguagem global como ferramenta que possibilita a produção de obras originais aptas para lançamento internacional. Ele lembrou que 3%, além de ser a primeira série brasileira produzida pela Netflix, foi a terceira a ser produzida no mundo fora dos Estados Unidos. Além de abrir muitas portas, ela conseguiu uma audiência expressiva, sendo que, em 2016, foi a série em língua não inglesa mais assistida no mundo.
Outro tema de destaque da MAX deste ano foram os documentários. Em um dos painéis sobre o tema estava Rafa Calil, que conta com um curriculum invejável na área de docs políticos e socioambientais É dele, por exemplo, a série "BR-14 - A Rota dos Imigrantes", uma coprodução com a TV Brasil exibida em mais de 30 países, a série "Mobilas", para o History Channel, e o longa "Povo da Floresta", uma coprodução com a Globo Filmes sobre o legado de Chico Mendes.
Além das atividades fechadas aos participantes do evento, diversas atrações culturais da MAX foram espalhadas pela capital mineira a quem quisesse conferir. Entre elas o projeto "Cinema para Todos", com sessões gratuitas de cinema na Praça da Estação e o Museu de Artes e Ofícios, que recebeu uma Oficina de Criação de Animação com Smartphones, a Exposição "Quando o Cinema de Desfaz", de Solon Ribeiro, e um Educativo Experimental com as cerâmicas de Máximo Soalheiro. As atrações atraíram milhares de visitantes.
Além disso a Sala Minas Gerais foi palco da apresentação inédita do concerto "Mineral", de Máximo Soalheiro, um estudo de mais de 20 anos sobre a sonoridade da cerâmica. Com duas sessões o espetáculo contou com 2600 espectadores.
A MAX é um evento anual que apresentou sua terceira edição em 2018 e tem como objetivo fomentar o setor audiovisual. Ele é realizado pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais, pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-MG), promovendo rodadas de negócios, atividades de capacitação e programação cultural e educativa. Em 2018, a curadoria das mostras de cinema do evento foi assinada pelo P7 Criativo, Agência de Fomento à Indústria Criativa de Minas Gerias.
A programação cultural da MAX 2018 é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, através do SESI, e com o patrocínio da CBMM - Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração - e da CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais.
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