A pandemia de coronavírus no mundo ainda é muito séria no Brasil e a nossa maior esperança de uma verdadeira solução é a chegada de uma vacina funcional contra o covid-19. Felizmente, o Brasil possui profissionais e instituições de pesquisa reconhecidas em todo o mundo no desenvolvimento de vacinas, como o Instituto Butantan, que por sua vez está desenvolvendo uma vacina em uma parceria inédita com a farmacêutica Sinovac Life Science, do grupo Sinovac Biotech, e prevê produção e testes da nomeada CoronaVac, que já está na fase final de ensaios clínicos e é uma das mais promissoras em todo o mundo.
Além dessa vacina, também foi firmada mais uma parceria entre os governos brasileiro e britânico implicando em uma troca de tecnologias e na parceria no desenvolvimento de uma vacina pelo trabalho conjunto entre a Universidade de Oxford e farmacêutica AstraZeneca, sendo uma das mais promissoras no mundo. No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fundação do Ministério da Saúde. Se demonstrada eficácia, serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira.
Conheça com mais detalhes cada uma dessas vacinas e suas etapas de desenvolvimento:
Instituto Butantan:
Em 11 de junho, o Governo de São Paulo anunciou a parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac Life Science para testes clínicos e produção de vacina em estágio avançado de desenvolvimento. O acordo previu a testagem em cerca de 9 mil voluntários no Brasil e o fornecimento de doses até junho de 2021, caso a imunização se prove eficaz e segura. A vacina é chamada de CoronaVac pela farmacêutica chinesa. Se a vacina for aprovada, Sinovac e Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial e fornecimento gratuito à população por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).
A vacina tem a mesma tecnologia usada em outras bem-sucedidas, como as do sarampo e poliomielite, por exemplo. Butantan é o principal produtor de soros e vacinas do país e tem experiência reconhecida em todo o mundo.
As duas primeiras fases de testes foram realizadas na China com 144 voluntários, depois com 600 voluntários. A terceira fase está em andamento no Brasil com 9 mil voluntários.
O Butantan receberá 60 milhões de doses da vacina da Sinovac. Comprovada a eficácia e segurança, elas serão disponibilizadas à população brasileira. O Butantan também poderá produzir a vacina em sua fábrica, em São Paulo, após transferência de tecnologia.
As informações são do governo do Estado de São Paulo.
Oxford e Fiocruz:
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, será desenvolvida no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O acordo, prevê a transferência de tecnologia de formulação, o envase e o controle de qualidade da vacina. Segundo o Ministério da Saúde, o governo federal acompanha 16 estudos de ensaios clínicos relacionados à vacina da Covid-19 e que o país pederá ter até mais vacinas se necessário.
O acordo tem duas etapas. Começa com uma encomenda em que o Brasil assume também os riscos da pesquisa. Ou seja, será paga pela tecnologia mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais. Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra.
Nessa fase inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina. Os dois lotes a serem disponibilizados à Fiocruz, de 15,2 milhões de doses cada, deverão ser entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
O governo federal considera que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido a urgência pela busca de uma solução efetiva para manutenção da saúde pública e segurança para a retomada do crescimento brasileiro. Atualmente, a vacina está em estudo clínico com testes no Rio de Janeiro, São Paulo e, também, a Bahia. Se a vacina for segura e eficaz serão mais 70 milhões de doses. As informações são do Governo Federal e Ministério da Saúde.