O estado do Maranhão identificou a presença da nova variante do Coronavírus na tripulação de um navio com bandeira de Hong Kong e que iria atracar na costa do estado. A tripulação apresentou alguns sintomas da síndrome gripal, fazendo com que a secretaria da Saúde precisasse intervir e colocar toda a embarcação em quarentena impedindo o desembarque na região e evitando que a variante se instalasse no estado. Esses foram os primeiros casos da Cepa B.1.617 em território nacional
Nova variante no país
Identificada pela primeira vez em dezembro de 2020 na Índia, a Cepa B.1.617 foi encontrada recentemente na tripulação de um navio que solicitou permissão para atracar na costa maranhense. De acordo com a Secretaria de Saúde do estado, a embarcação está de quarentena e todos os tripulantes foram testados para o Coronavírus (Covid-19), sendo detectada a presença da nova Cepa em 6 pessoas, sendo que uma delas está internada em um hospital da rede particular na capital, São Luís.
Segundo Carlos Eduardo Lula, atual secretário de Saúde do Maranhão, todo o navio está de quarentena e o órgão trabalha para testar os profissionais que tiveram contato direto ou indireto com os trabalhadores da embarcação, que continua sem permissão para atracar no porto local.
O secretário afirmou em uma entrevista à CNN que "o navio não tem e não terá permissõa para atracar até que todos os tripulantes testem negativo para o Coronavírus", reiterando a importância em conter a disseminação da nova variante no país. A nova Cepa também foi identificada em pelo menos outros 17 países, segundo a OMS.
Nível de contágio
Dentre todas as Cepas identificadas pelos cientistas, a B.1.167 (popularmente chamada de 'variante indiana') não é a mais contagiosa, embora tenha levado ao colapso do sistema de Saúde da Índia, que ultrapassou os Estados Unidos na quantidade de óbitos.
"Essa variante é conhecida desde o ano passado. Entretanto, demorou vários meses para que se chegasse à situação atual, o que sugere a possibilidade de uma menor transmissibilidade", afirmou Leonardo Weismann, infectologista consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Vacinação no Brasil
A vacinação segue de forma lenta em todo o país, sendo que apenas 19,64% da população brasileira recebeu pelo menos uma dose do imunizante, número que equivale a pouco mais de 41 milhões de pessoas, de acordo com dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa.