O Mercado Livre conseguiu obter uma liminar que suspende temporariamente o aumento no frete de encomendas enviadas através dos Correios. A liminar é válida somente para o Mercado Livre, a qual suspende tanto os reajustes nos serviços de PAC e Sedex, assim como a cobrança extra de R$ 3 para entrega realizadas na cidade do Rio de Janeiro.
Está taxa cobrada na capital fluminense foi adicionada pelos Correios com a justificativa de que "a situação de violência chegou a níveis extremos e o custo para entrega de mercadorias nessa localidade sofreu altíssimo impacto". O e-commerce organizou uma campanha para uma manifestação contra o reajuste dos Correios, ressaltando que o aumento chegaria a 51% em compras e vendas pela internet.
Como exemplo, a empresa ressaltou que o aumento médio no frete seria de 29%, onde uma encomenda com peso de até 500 gramas, enviada através de PAC da cidade de São Paulo para a Franca (SP) custaria R$ 12,79 ao invés de R$ 11,85, neste caso, sofrendo um aumento de 7,93%. Enquanto isso, encomendas que partiriam de Fortaleza no Ceará para Joinville em Santa Catarina, o aumento seria de 50,89%, passando a custar R$ 81,51 ao invés de R$ 54,02.
No entanto, os Correios se manifesta contrário às afirmações do Mercado Livre, informando que o aumento estava previsto em contrato e que o reajuste médio no frete seria de 8%. O reajuste, que de acordo com a empresa leva em consideração "gastos com transporte, pagamento de pessoal, aluguéis de imóveis, combustível, contratação de recursos para segurança, entre outros".
"Vamos continuar com força total para que a decisão seja definitiva e que esse engajamento ajude outras empresas de e-commerce", informou, em nota, o Mercado Livre. Contudo, em contrapartida, os Correios informam "Fomos notificados e estamos trabalhando para obter a suspensão da liminar".
Essa notícia faz parte do bitON do dia 6 de março: