Na terça-feira, 13, os trabalhadores do Correio decidiram acabar com a greve que ocupava todo território nacional. Eles estavam aguardando o julgamento do caso desde segunda (12), dia em que foi declarado o período de paralisação. Após a determinação do Tribunal Superior do Trabalho de que 80% da força estatal de trabalho deveria voltar aos seus postos, os Correios decidiram voltar ao funcionamento normal.
O motivo da paralisação tem a ver com os vários problemas que a estatal vinha enfrentando, como a alteração nos planos de saúde da categoria, que estariam sendo descontados R$ 1.000 de mensalidade da folha de pagamento, uma vez que o salário médio é de R$ 1.700. Além disso, os pais dos empregados seriam desligados do plano, o que causou frustração geral.
O secretário geral da Federação Nacional dos Correios (Fentec) Jose Rivaldo da Silva, em entrevista ao Estadão, disse que é preciso reorganizar o movimento que é contra as mudanças na empresa. Segundo ele, 20% do pessoal não é suficiente para atender o objetivo do movimento para uma greve, então eles pretendem recuar estrategicamente e se reorganizar.
Ainda nesta semana, os funcionários se uniram para destacar algumas mudanças necessárias para um funcionamento melhor da empresa e principalmente para gerar mais lucro. Além de travarem uma briga com o Mercado Livre ao reajustarem o preço do frete, queriam acabar com os fretes grátis de compras internacionais, mais especificamente, da China. Eles afirmam que deixam de ganhar 1 bilhão ao ano por causa das compras não registradas que vem do país.
Já sobre a decisão tomada pelo TST, é especificado que a empresa poderá cobrar parte do valor do plano diretamente na folha de pagamento dos colaboradores, porém, pais e mães de funcionários ainda poderão ficar inclusos até o próximo ano, conforme as regras vigentes apontam.
Outras paralisações ainda podem vir durante o ano, em oposição aos movimentos de privatização da estatal e contra o reajuste salarial dos trabalhadores, que acontece em julho.
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