Airdrop de criptomoedas: O que são e como funcionam?

O mercado global de criptomoedas vive em constante altos e baixos. E com isso, novos projetos são lançados no mercado a todo momento. No meio desse mar de novidades, está cada vez mais difícil para as empresas do setor, se destacarem e conquistarem usuários, que são o alvo de qualquer negócio.

E é nesse meio, que entra o airdrop de criptomoedas. Em suma, se trata de uma ação de marketing que distribui tokens - em geral gratuitos - para atrair o público. Sendo assim, vamos te explicar a seguir, o que são essas ações, e como elas funcionam.

Além disso, vamos te apresentar quais os cuidados necessários para não cair em golpes que estão associados a essa ação.

O que são airdrops de criptomoedas?

O airdrop se trata de uma distribuição, em geral gratuita, de tokens ou criptmoedas para os usuários. A ação faz parte de uma estratégia de marketing adotada por novas empresas e projetos do setor de blockchain.

A meta é atrair os interessados na marca, bem como gerar engajamento, criar liquidez para um ativo e elevar o seu valor no longo prazo.

Para exemplificar, pense no seguinte exemplo: você passa na frente de uma loja de perfume, e uma vendedora oferece uma borrifada de um perfume que ela vende.

Ou ainda, você vai para um supermercado e há um promoter distribuindo amostras grátis de certo produto. É exatamente assim, que um airdrop funciona, de forma muito semelhante.

Entretanto, há uma diferença: a pessoa que ganha o token pode conseguir lucro se o projeto crescer e o ativo valorizar. Isso ocorreu, por exemplo, com os beneficiários do airdrop da exchange descentralizada Uniswap (UNI).

Em 2020, distribui 400 tokens UNI para cada participante elegível. E pasme: Em apenas 6 meses, o criptoativo valorizou 1.000%.

Por fim, aqui é importante frisar: nem todos os eventos de distribuição de ativos digitais são verdadeiros. Alguns são golpes criados para tirar dinheiro dos usuários. Sendo assim, é importante ficar ligado.

Como o airdrop de criptomoeda funciona?

Em geral, os airdrops funcionam de dois jeitos:

• Anunciado: Os projetos anunciam uma data para a distribuição de tokens. Além disso, eles publicam informações e regras nos seus sites, blogs ou mídias sociais, e isso, gera um buzz ao redor da ação.
• Não anunciado: Existem também, os casos de empresas que não fazem anúncio algum, e mandam tokens somente para algumas carteiras selecionadas. A ideia, com esse tipo de estratégia, é ganhar os usuários através da surpresa.

Quais são os tipos de airdrops?

Em suma, há pelo menos 4 tipos principais de airdrops. São eles:

1. Padrão: Esse é o tipo mais básico de airdrop. Em geral, o projeto transfere criptomoedas para diversas carteiras, e não existem muitas regras pré-definidas.
2. De recompensa: Nessa modalidade de airdrop, os usuários devem fazer algumas tarefas estabelecidas. Tais como compartilhar um post ou seguir o projeto em uma rede social. Na hora de ganhar os tokens, a pessoa deve provar que terminou o que foi pedido, e apresentar alguma prova.
3. Exclusivo: Os airdrops exclusivos se destinam aos grupos específicos de usuários. Em geral, as comunidades escolhidas são formadas por pessoas leais aos projetos.
4. Para holders: Nesse estilo de airdrop, os projetos dão tokens para holders, ou seja, pessoas que seguram os seus ativos na carteira. Para participar, os investidores devem ter uma quantia específica de certa criptomoeda na wallet.

Como ganhar tokens?

Para poder participar de airdrops de criptomoedas, é necessário ter uma carteira para ganhar o token. Se a distribuição for feita na blockchain do Ethereum (ETH), por exemplo, o interessado deve ter wallets compatíveis com a rede. Dois exemplos são a MetaMask e a Exodus.

Se a ação se destinar ao público em geral, é necessário enviar o endereço da carteira para o responsável pela distribuição e esperar os ativos. No caso dos outros tipos de airdrops, os usuários devem realizar as tarefas estipuladas, e ter em suas wallets, a quantia em criptomoeda estipulada nas regras dos organizadores.

Para achar airdrops de criptomoedas, é necessário acompanhar as plataformas e redes sociais, tais como o Twitter, por meio da hashtag #airdrops. Além disso, você pode acessar um site de alerta (clicando aqui).

Ademais, você pode acompanhar os fóruns, agregadores de preços de ativos digitais e algumas exchanges que também divulgam esses eventos. Exemplo disso, é a CoinMarketCap, que tem um calendário com airdrops que estão ocorrendo.

Quais os golpes que existem no mercado?

Em suma, o boom dos airdrops também atraiu os golpistas. Sendo assim, confira abaixo, algumas das principais fraudes:

Pump and dump

Nesse golpe, os criminosos emitem tokens, espera a maior parte deles em suas carteiras, e distribuem algumas unidades para algumas pessoas. Depois, eles usam grupos e redes sociais para gerar um buzz ao redor do projeto, inflar o valor, e conseguir listar os mesmos em alguma exchange.

E é assim que os tokens começam a ser negociados: os criminosos virtuais comercializam os seus criptoativos, faturam um bom valor, e derrubam o preço. E assim, as vítimas ficam no prejuízo.

Spoofing

Em suma, se trata de um tipo de golpe no qual o golpista se passa por outra pessoa, governo, empresa ou projeto para alcançar dados, ou se aproveitar dos usuários. Foi assim que aconteceu com o airdrop da Ucrânia.

Phishing

Outro golpe disponível é o phising. Em geral, um criminoso virtual cria um site fake de algum projeto conhecido, e passa a divulgar nas redes sociais um suposto airdrop.

Na divulgação, ele solicita que o usuário entre no endereço eletrônico criado, faça um cadastro, e conecte a sua carteira para participar. Assim que uma walet é conectada. Porém, todas as criptomoedas da pessoa são roubadas.

Dusting atack

Por fim, nesse esquema de fraude, o golpista manda uma pequena quantidade de criptomoedas para uma carteira. Como o valor encaminhado é mínimo, muitos investidores, em especial os grandes players, não dão atenção ao "presente de grego", e deixam as criptomoedas na carteira. Assim, no entanto, os golpistas conseguem rastrear as movimentações do destinatário e quebrar a sua privacidade.