O cadastro da biometria no sistema eleitoral brasileiro certamente é um avanço na segurança e praticidade. É também uma forma de resguardar eleições de acusações de fraudes, frente a escândalos recentes em países vizinhos latino-americanos, como na Bolívia e Venezuela. Uma recontagem de votos, ou realização de novas eleição são coisas que pesam nos cofres públicos, e geram ainda maior demanda no sistema eleitoral estatal que já é sobrecarregado. Fora isso, situações do tipo ainda acarretam em instabilidade política, queda de bolsa de valores, fuga de capital estrangeiro e diversos problemas que um sistema seguro e robusto pode evitar.
Nesse sentido, estamos no caminho certo no Brasil. Mas para isso, é necessário que todo eleitor antigo e que ainda estão para tirar o título efetuem o cadastro biométrico. O procedimento em si é muito simples e pode ser agendado online para evitar filas e horas de espera. Porém, é possível também simplesmente ir a um cartório eleitoral sem agendamento e se cadastrar, enfrentando então a espera e dependendo da sorte de encontrar o cartório vazio.
Para realizar o agendamento, basta acessar o site do tribunal regional eleitoral do seu estado. Por exemplo, para São Paulo, o site é http://www.tre-sp.jus.br/, enquanto para outros estados basta substituir a sigla do estado na URL. Dentro do site, a interface é diferente para cada estado, mas a opção de agendamento está destacada sempre e não deve ser difícil de visualizar. Não são todos os municípios do país em que a biometria é obrigatória atualmente. Na cidade de São Paulo, ainda não é algo obrigatório justamente pela quantidade enorme de eleitores. Mas geralmente cidades pequenas já possuem a obrigatoriedade e uma data limite para o cadastro, sujeito a perda do título de eleitor caso não o faça. Assim, não será possível votar em qualquer situação até que o eleitor se regularize no cartório. Porém, caso o eleitor faça parte de um município sem obrigatoriedade de cadastro biométrico e não o faça a tempo das eleições municipais de 2020, ainda será permitido votar como antes.
Você pode checar como anda o cadastro biométrico no seu estado aqui. Além disso, ao selecionar seu estado, é possível verificar também se seu município está entre os selecionados para a biometria obrigatória. Sobre o prazo limite de cadastro, o melhor caminho é checar no cartório eleitoral municipal da sua cidade, pois as datas variam para cada localidade.
São necessários alguns documentos para realizar o cadastro. Seu RG original é obrigatório, um comprovante de residência também é necessário, podendo ser cópia, e por fim o seu título de eleitor, também podendo ser uma cópia. É importante destacar que é necessário levar esses documentos impressos e arquivos digitais podem não ser aceitos. Após o cadastro da biometria, um novo título de eleitor será impresso, uma nova foto tirada, e você sairá do cartório com um título novo e pronto.
Alguns estados brasileiros já completaram o cadastro biométrico de seus eleitores, então Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe já se encontram com 100% de eleitores cadastrados. Os demais estados da Bahia, Pernambuco, Amazonas, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão com o cadastro em andamento e com diversos municípios em situação de obrigatoriedade. Então se você ainda não fez a biometria, faça o agendamento para não perder seu título de eleitor.
O objetivo do governo federal é ter o máximo de eleitores cadastrados na biometria já para as eleições municipais de 2020. Segundo o próprio site da Justiça Eleitoral, o sistema que faz a gestão desse cadastro é o AFIS (Automated Fingerprint Identification System).
"O cadastro eleitoral brasileiro é o maior da América Latina e também um dos mais confiáveis, justamente pela adoção de métodos de garantia de unicidade e unificação do cidadão e integridade dos dados. Com a identificação biométrica, é possível introduzir um elemento extremamente preciso, no sentido da individualização, por meio do sistema AFIS (Automated Fingerprint Identification System), que verifica as minúcias digitais de cada indivíduo e compara com todos os outros que estão no banco de dados. Essa tecnologia permite fazer o batimento eletrônico das dez impressões digitais de cada eleitor cadastrado com as digitais de todos os eleitores registrados no banco de dados da Justiça Eleitoral."
"O batimento feito pelo sistema AFIS processa os registros biométricos existentes no Cadastro Nacional de Eleitores, realizando a comparação automatizada das impressões digitais para garantir que o registro do eleitor seja único. Adquirido em maio de 2014 pela Justiça Eleitoral, por meio de licitação, o sistema AFIS permite comparar até 160 mil impressões digitais por dia, o que pode ser ampliado, se necessário."