Você com certeza já ouviu falar sobre o Titanic. Construído no começo do século 20, o transatlântico se tornou o maior navio de passageiros do mundo, mas ficou famoso mesmo numa noite fatídica de abril de 1912. Essa fatalidade histórica se tornou um dos grandes campos de pesquisa e exploração, tanto que hoje existem empresas que fazem viagens turísticas ao destroços do navio.
O que aconteceu com o Titanic?
Entre a noite de 14 de abril e a madrugada de 15 de abril de 1912, o transatlântico Titanic colidiu com um iceberg e acabou naufragando nas profundezas do Oceano Atlântico, onde mais de 1.500 pessoas morreram. Durante muito tempo, ninguém sabia dizer ao certo o local exato onde o majestoso navio havia naufragado.
Onde o Titanic afundou?
O Titanic afundou a cerca de 600 quilômetros da costa de Newfoundland, no Canadá. A profundidade do local atinge impressionantes 3.800 metros, tornando o acesso extremamente desafiador. Lá, a embarcação está dividida em duas partes, com a proa e a popa separadas por uma distância de cerca de 800 metros. Ao redor dessas partes encontramos um verdadeiro campo de detritos.
Seguindo uma sugestão dada pelo geólogo marinho Alan Ruffmann em 1991, hoje o local é chamado também de Titanic Canyon.
Quando e como os destroços do Titanic foram descobertos?
Apesar do cenário desafiador, com o uso de uma tecnologia inovadora, Robert Ballard, um ex-oficial de inteligência com experiência em missões secretas da Marinha dos Estados Unidos, estava determinado a encontrar os restos do lendário navio. No entanto, ele teve que enfrentar um desafio adicional: a Marinha concordou em fornecer recursos para sua expedição, desde que ele também localizasse dois submarinos nucleares americanos afundados décadas antes.
Em agosto de 1985, a bordo do navio de pesquisa Knorr, uma missão secreta franco-americana serviu como disfarce para evitar suspeitas, tanto dos russos quanto da imprensa. A primeira parte da missão teve sucesso, com Ballard encontrando os submarinos USS Thresher e USS Scorpion. No entanto, o tempo estava se esgotando, pois ele tinha apenas 12 dias para encontrar o Titanic antes que o navio de pesquisa fosse devolvido a outros locatários.
Felizmente, Ballard e sua equipe encontraramo Titanic em apenas 8 dias, em 1º de setembro de 1985. Eles utilizaram o submersível Argo, equipado com câmeras capazes de transmitir imagens à superfície. A missão estava concluída, mas a emoção de avistar os destroços do navio foi rapidamente substituída por um sentimento de pesar. Ballard lembra em entrevista à BBC em 2021 que a sensação ali era de "dançar sobre o túmulo de alguém" e por isso sentiram vergonha, embora fosse considerada uma descoberta incrível.