No ano passado, o Secretário Geral da Presidência, Moreira Franco, informou que os Correios haviam entrado na lista de empresas que seriam privatizadas pelo governo do presidente Michel Temer.
No entanto, ao que tudo indica, o governo voltou atrás. Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, a privatização dos Correios deixou de ser assunto no Governo Federal.
Em entrevista ao programa Por Dentro do Governo, da TV NBR, o ministro disse:
"Quanto ao futuro dos Correios, se será privatizado ou não, essa discussão não existe na presente gestão. Na presente gestão, estamos recuperando os Correios".
A empresa, vale mencionar, continua no vermelho com prejuízos constantes. Conforme o relatório divulgado pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), o patrimônio líquido dos Correios, ou seja, a diferença entre os ativos e o passivo, diminuiu 92,63% em cinco anos.
"Transferência elevada de recursos para a União, o que ocasionou redução significativa na capacidade de investimentos na empresa no curto prazo".
Kassab disse ainda que a gestão atual assumiu uma empresa desorganizada com déficit de R$ 2 bilhões.
"impomos uma rigorosa recuperação e sua administração financeira foi melhorada. A operação negativa está em R$ 1 bilhão, mas estamos em ajustes, como a venda de imóveis e o ajuste do plano de saúde, o que nos permitirá chegar ao equilíbrio dos Correios".
Porém, em uma futura gestão, Kassab não descarta a possibilidade de uma privatização ocorrer.
"Seja com privatização, parceria ou extinção, é natural que, com o passar do tempo, as empresas mudem o seu objetivo. Há alguns séculos, eles entregavam cartas, hoje ainda entregam muitas cartas, ainda é a principal fonte de receita dos Correios, mas cada vez mais temos outras atividades importantes, como por exemplo, a logística."