De acordo com a decisão de um juiz de San Jose, na California (EUA), não há qualquer problema no esquema de rastreamento estabelecido entre o Facebook e os sites que contam com sistemas de compartilhamento da rede social.

Vale mencionar que o Facebook era acusado de violação de privacidade por utilizar tais plataformas para acompanhar os passos dos internautas, mesmo quando eles não estavam conectados na rede social.

A questão surgiu porque, quando um internauta visita qualquer página que contenha um botão do Facebook, o navegador envia informações tanto para o servidor em que a página está localizada quanto para o Facebook.

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Para o juiz responsável pelo caso, Edward Davila, a situação não configura infração, já que o próprio usuário é quem deve cuidar da sua privacidade online. "A intrusão do Facebook poderia ter sido bloqueada, mas os demandantes escolheram por não fazê-lo", afirmou ele na sentença.

"O fato de que o navegador de um usuário automaticamente envia a mesma informação às duas partes não estabelece que uma parte tenha interceptado a comunicação com a outra", completou o juiz. O fato já quem rolando há cinco anos.

Desde 2011, sabe-se que os botões do Facebook guardam todas as informações sobre os internautas. Na época, quando o fato foi anunciado, a rede social alegou que fazia o acompanhamento por segurança, já que isso impediria de um estranho acessar a conta do usuário.

Já em 2014, o Facebook passou a utilizar o rastreamento para exibir publicidade direcionada. Deste modo, quando os internautas visitavam um determinado a procura de algo, eles encontrariam anúncios do mesmo produto dentro da rede social. Para que não houvesse problemas, o Facebook incorporou uma opção que possibilita o usuário de não ser impactado por tais propagandas.