O Facebook realmente não está em uma boa fase. Após estar envolvido em um cenário de vazamento de dados, agora as políticas de anúncios da rede social voltaram a ser alvo de críticas no que diz respeito a divulgação de produtos femininos. Tudo começou em 2015, porém, desde então, parece que na mudou.
Jenna Ryan, fundadora da Uqora, é uma das partes reclamantes das decisões do Facebook em relação aos seus anúncios. A sua empresa é responsável pela fabricação de produtos para ajudar mulheres a prevenirem e tratarem infecções urinárias, sendo assim, alguns dos seus anúncios tratam sobre saúde íntima das mulheres.
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"Muitas vezes, os posts que usam a palavra ‘vagina’ ou ‘vaginal’ são sinalizados e removidos", disse a empresa.
A Uqora, ao tentar promover um post sobre infecção chamada vaginose bacteriana, acabou tendo um anúncio sinalizado pelo Facebook. A publicação vinha acompanhada de uma imagem de uma mulher e um homem entrelaçados na cama, levando em consideração que uma das causas do problema pode ser as relações sexuais sem proteção. Após, a Uqora tentou usar outra imagem, que representava uma vulva. O post também foi sinalizado e removido.
Essas publicações acabam sendo removidas do ar pelo próprio sistema do Facebook, que não aceita termos como "vagina", "sexo", "relação sexual" e ainda outros termos que podem ir contra a política de privacidade da plataforma.
A mesma situação aconteceu com a empresa Joylux, fundada por Colette Courtion, que fabrica produtos que "rejuvenesce" a vagina e previne a incontinência urinária.
Courtion, disse que, mesmo que não use termos explícitos nos títulos, as suas publicações foram bloqueadas.
Venture Beat, porta-voz do Facebook, disse não saber exatamente porque tal anúncio foi bloqueado. Uma das possibilidades é que o sistema automático do Facebook estaria colocando tais anúncios na categoria adulto.
As empresárias alegam que há uma grande quantidade de lingeries, exibindo os corpos de mulheres, entre outras publicações até mais "picantes", sendo todas aprovadas pela rede social. Publicações com as palavras "esperma", "pênis" ou mesmo imagens de homens na cama são aprovadas sem problemas.
Por essa razão, as empresárias estão acusando o Facebook de discriminação. A rede social, por sua vez, nega, e alega falha dos seus algoritmos na seleção.
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