Está sendo lançada uma nova rede social baseada no Facebook, mas com a proposta de resgatar os usuários descontentes com os últimos acontecimentos, principalmente o do escândalo com a Cambridge Analytica. O novo site, chamado Openbook (livro aberto, em tradução livre), quer ser um Facebook, com a mesma promessa de conexão entre pessoas, mas sem os pontos negativos.
Um deles é a questão dos anúncios, item bastante presente no Facebook e uma das maiores fontes de dinheiro do site. O seu objetivo maior parece ter mudado, e o foco já não é mais nas relações saudáveis entre comunidades, e sim no ganhar lucro sem temer as consequências.
É isso que o engenheiro de segurança cibernética, Joel Hernandez, quis mudar quando pensou em fundar o Openbook. Ele afirma querer se tornar um concorrente do Facebook há anos, e depois das notícias envolvendo o vazamento dos dados de cerca de 87 milhões de informações sobre usuários, achou o momento certo para lançar uma alternativa.
Had a blast shooting the Kickstarter movie for @Openbook_org ! Exciting times ahead! #socialnetwork #fun #kickstarter #soonsoon #privacy #makesocialsocial pic.twitter.com/8bggQkYq9D
— Joel Hernández ✨ (@lifenautjoe) 10 de julho de 2018
A nova rede vai fornecer as mesmas ferramentas para relacionamentos entre usuários, e até mesmo os amados "vídeos de gatos engraçados", sem que a privacidade das pessoas seja colocada em risco. O site foi criado graças a uma campanha de financiamento coletivo, e promete que dará 30% de suas receitas para a caridade.
Ele tem apoio de pessoas importantes, como o especialista Philip Zimmermann, que criou o PGP, um dos softwares de criptografia de e-mail mais utilizado. Jaya Baloo também é um deles, e é diretor de segurança de informações da KPN Telecom, uma empresa holandesa de telecomunicações.
No momento, o site conta com uma equipe de auditoria responsável por monitorar seus desenvolvedores. E ainda, quer aproveitar as novas regras de portabilidade de dados do Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Européia, que dá direito aos usuários europeus de transferir seus dados do Facebook e do Twitter para outro site.
O Openbook, ou "rede social do bem", também pretende não ser tão viciante quanto a rival, e para isso, vai diminuir as notificações. E logo, o site também tem planos de lançar um mercado para transações on-line para que não precise gerar receita através de publicidade. A impressão que fica é de que este novo site poderia ser uma ótima rede social, porém, todos sabem que para "chamar" usuários e começar a ganhar popularidade e confiança leva um certo tempo. E você, o que achou do Openbook? Comente!
Fonte: Telegraph
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