De acordo com um comunicado do Facebook, a companhia identificou um comportamento suspeito em sua plataforma que estava ligada a uma campanha de influência iraniana. Assim, no total, a equipe de segurança da rede social removeu uma combinação de 82 páginas, grupos e contas disfarçadas de cidadãos e organizações dos Estados Unidos e alguns casos do Reino Unido.
O Facebook proíbe "comportamento não autentico coordenado" na sua plataforma, sendo assim, levando em consideração a proximidade de tal comportamento com as eleições dos Estados Unidos, a empresa baniu todas contas que a rede descobriu.
Em agosto, a notícia sobre a existência de uma campanha de influência iraniana projetada para semear a divisão e aumentar as tensões nos Estados Unidos, surgiu pela primeira vez na mídia. O Google, inclusive, encontrou evidências dessa operação no YouTube.
"Apesar das tentativas de esconder suas verdadeiras identidades, uma revisão manual dessas contas ligou sua atividade ao Irã. Também identificamos algumas sobreposições com as contas e páginas iranianas removidas em agosto ", escreve Nathaniel Gleicher, diretor de política de segurança cibernética da empresa. "No entanto, ainda é cedo e, embora não tenhamos encontrado vínculos com o governo iraniano, não podemos dizer com certeza quem é o responsável".
A rede social de Mark Zuckerberg diz que removeu 30 páginas, 33 contas do Facebook e três grupos no Facebook, e encontrou 16 novas contas no Instagram. Essas contas e páginas gastaram menos de US$ 100 em publicidade e só hospedaram ou coorganizaram um total de sete eventos. De qualquer foram, cerca de 1 milhão de pessoas seguiam ao menos uma das páginas, e aproximadamente 25 mil pessoas se uniram ao menos em um dos grupos. Já, no Instagram, cerca de 28 mil pessoas seguiam ao menos uma das contas. A conta mais antiga foi criada em 2016, mas foram ativados em 2016.
O Facebook, para inibir esse tipo de ação, montou um local com foco global em sua sede e, Menlo Park, na Califórnia, tudo isso tem como objetivo combater a desinformação no Facebook, Instagram e WhatsApp.
"Esta será uma corrida armamentista constante", disse Katie Harbath, diretora de política global e envolvimento com o governo do Facebook, ao The Verge em uma entrevista que ocorre no início do mês. "Este é o nosso novo normal. Os maus atores vão ficar mais sofisticados no que estão fazendo, e vamos ter que ficar mais sofisticados tentando pegá-los. "
Fonte: The Verge