Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, está sendo pressionado por oito parlamentos internacionais a aceitar um convite para explicar sobre os impactos negativos que a rede social está tendo nos processos democráticos de todo o mundo. Na semana passada, o Facebook recusou um convite de cinco desses parlamentos.
Os representantes querem que Mark Zuckerberg responda as perguntas sobre os problemas envolvendo o uso indevido de dados e os escândalos de segurança ligados à sua plataforma. Os parlamentos uniram forças e formaram um grande comitê para conseguir aumentar a pressão sobre o Facebook.
O comitê, que é liderado pelo Reino Unido, disse que irá se reunir no final do mês, e representa cerca de 170 milhões de usuários do Facebook da Argentina, Austrália, Canadá, Irlanda e Reino Unido. O Facebook, no entanto, não aceitou o convite.
Agora, o pedido foi reeditado com mais três parlamentos: Brasil, Letônia e Cingapura.
"Observamos que, embora sua carta declare que você não pode estar em Londres no dia 27, ela não descarta a evidência per se. Você seria passível de fornecer evidências via link de vídeo? ", diz a Comissão.
Na última semana, um relatório do New York Times revelou uma imagem caótica da resposta dos líderes do Facebook à crise de desinformação, incluindo a contratação de uma empresa externa de relações públicas que utilizava tática de difamação contra oponentes.
"Acreditamos que há questões importantes a serem discutidas e que você é a pessoa apropriada para respondê-las. O artigo de ontem do New York Times levanta mais questões sobre como recentes violações de dados foram supostamente tratadas dentro do Facebook", disse ainda o Comitê.
Uma das grandes questões do Comitê é descobrir quem no Facebook sabia sobre o escândalo de uso indevido de dados da Cambridge Analytica. Em suma, quem deve ser responsabilizado por tudo isso.
Fonte: TechCrunch