As últimas horas têm carregado um clima de tensão nos Estados Unidos devido às manifestações de eleitores do até então atual presidente, Donald Trump. Ontem (6), dezenas de pessoas marcharam até o Capitólio com a acusação de que houve uma fraude eleitoral. Essa manifestação terminou em violência, onde pelo menos 50 pessoas foram presas, 4 morreram e 14 policiais ficaram feridos.
Com tanta violência, o clima ficou ainda mais tenso após o perfil de Donald Trump nas redes sociais divulgar o que podemos chamar de desinformações, o que incitava ainda mais violência. Por conta disso, o Facebook, Instagram e Twitter bloquearam a conta do presidente.
O vídeo abaixo foi divulgado no Twitter mostrando os ataques dos manifestantes de Trump no prédio federal dos EUA.
Zuckerberg explica o motivo do bloqueio
Pelo Facebook, Mark Zuckerberk, CEO da empresa, divulgou uma mensagem explicando o motivo da ação repentina de bloqueio imediato do perfil de Trump. Segundo ele, Donald Trump está apenas "aproveitando o pouco tempo que lhe resta para minar a transição pacífica de poder a seu eleito sucessor, Joe Biden".
A postagem pode ser lida na íntegra clicando aqui, mas o Oficina da Net fez a tradução livre de partes da mensagem de Zuckerberg.
"Sua decisão de usar sua plataforma para tolerar, em vez de condenar, as ações de seus apoiadores no edifício do Capitólio, com razão, perturbou as pessoas nos Estados Unidos e em todo o mundo. Removemos essas declarações ontem porque julgamos que seu efeito - e provavelmente sua intenção - seria provocar mais violência."
A rede social também afirma que está removendo qualquer conteúdo de outros usuários que "elogie e apoie à invasão do Capitólio dos EUA". Qualquer publicação que apoie as acusações de fraude no resultado da eleição receberá um aviso que diz: "Joe Biden foi eleito presidente com resultados que foram certificados por todos os 50 estados. Os EUA têm leis, procedimentos e instituições estabelecidas para garantir a transferência pacífica do poder após uma eleição".
Esse banimento pode terminar a partir do momento que Joe Biden for definitivamente empossado como presidente dos Estados Unidos. Esse feito está programado para 20 de janeiro, mas dependendo de como as coisas irão caminhar daqui para frente, o Facebook considera banir Trump de suas plataformas por tempo indeterminado.
"Acreditamos que os riscos de permitir que o presidente Trump continue a usar nossos serviços durante este período são simplesmente grandes demais. Portanto, estamos estendendo o bloqueio que colocamos em suas contas do Facebook e Instagram indefinidamente e por pelo menos as próximas duas semanas até que a transição pacífica de poder seja concluída."
Inicialmente, assim como em outras ocasiões, o Facebook já havia deletado outras publicações de Trump, assim como já havia bloqueado a sua conta por algumas horas. O Twitter chegou a bloquear o perfil dele por 12 horas a partir do momento em que os manifestantes invadiam o Capitólio. Para obter o seu acesso novamente, a plataforma solicitou que o presidente excluísse os tweets que apoiavam e intensificavam esse ato violento.